Produção de aço em alta e construção frágil produzem resultados mistos para o minério de ferro

A elevação de produção das siderúrgicas chinesas – diante de um mercado de baixa demanda – associada à uma inesperada onda de calor, que afetou as atividades da construção civil ao ar livre, formaram um conjunto de fatores que determinou resultados mistos aos contratos futuros do minério de ferro, na sessão desta segunda-feira (26).

Diante deste cenário, a commodity mais negociada para setembro na bolsa de mercadorias e futuros de Dalian (China), recuou 0,44% a 797 iuanes ou US$ 110,21 a tonelada, menor patamar, desde 13 de junho último.

Ao mesmo tempo, na bolsa de Singapura, o insumo siderúrgico de referência foi negociado com alta de 0,42%, a US$ 109,65 por tonelada.

Paralelamente, o vergalhão na bolsa de Futuros de Xangai perdeu 1,24%, caindo ao patamar de CNY 3.650 por tonelada, mantendo a tendência de recuo, nos últimos dois meses, da máxima de CNY 3.783, registrada em 16 de junho. Tal declínio reflete, em grande medida, a frustração com a retomada econômica chinesa. Enquanto isso, a bobina laminada a quente encolheu 1,37%, o fio-máquina caiu 2,25% e o aço inox perdeu 0,71%.

Segundo dados da consultoria Mysteel, os volumes diários de transações de produtos de aço para construção civil apontaram retração de 301 mil toneladas, em 23 de junho último, ou uma queda semanal de 37%.

Outro fator limitante à valorização da commodity seria a prioridade dada pelo governo mandarim ao setor de serviços do país asiático, em detrimento dos setores imobiliário e de infraestrutura, de onde provêm a maior parte da demanda de aço local, de acordo com observação do banco de investimentos ianque, Goldman Sachs, ao prever que essa estratégia deverá resultar em menor crescimento do PIB chinês.

Informações do mercado também dão conta de que novos empréstimos em yuan somaram CNY 1,36 trilhão no mês passado, aquém do montante de CNY 1,6 trilhão esperado, uma vez que a produção industrial apresentou desaceleração maior do que o esperado, e as importações foram reduzidas pelo terceiro mês seguido. A crise oriental teria levado o governo de Pequim a anunciar o corte, em 2,5%, de sua produção de aço, para este ano.

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Fonte: site ADVFN