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Economia

Projeto impede taxação de doações via pix

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Foi aprovado pela Comissão de Educação e Cultura do Senado Federal o projeto de lei que proíbe a cobrança de tarifas sobre transferências via Pix que tenham sido feitas como doações a organizações da sociedade civil e institutos de pesquisa sem fins lucrativos.

A proposta, de autoria da senadora Mara Gabrilli (PSD-SP), isenta doações via Pix tanto de pessoas físicas quanto jurídicas. O texto será encaminhado para apreciação na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).

Vale lembrar que um dos grandes diferenciais do Pix é o fato de que ele é um meio de pagamento eletrônico instantâneo, de baixo custo, que funciona 24h por dia e que tem segurança atestada. Ele foi lançado em outubro de 2020 e, desde então, tornou-se o mecanismo de transferência mais popular do Brasil.

Detalhes

De acordo com o texto do projeto, a isenção não valerá para transações realizadas por meio de canais de atendimento presencial ou pessoal da instituição, a exemplo do canal de telefonia de voz.

A senadora que apresentou o projeto alega que o Pix reduziu os custos nos pagamentos e elevou a competição no sistema financeiro. Ela pontua que a resolução do Banco Central autoriza os bancos a cobrar tarifas nesse tipo de serviço, mas enfatiza a importância da manutenção da gratuidade.

De acordo com o Banco Central, contas de pessoa física, microempreendedor individual (MEI) e empresário individual não podem sofrer cobranças por envio nem para recebimento via Pix. Essa restrição, porém, deixa em aberto a situação das demais categorias de empresas.

Fator contrário

Mara Gabrilli destaca que parte significativa dos recursos que chegam a organizações sem fins lucrativos e institutos de pesquisa é proveniente de doações particulares. A possível cobrança de taxas sobre essas movimentações pode ser um fator desestimulante, na visão dela.

Para a relatora do projeto, senadora Damares Alves (Republicanos – DF), a proposta é viável e não oferece implicações diretas ao sistema tributário e orçamentário do país. Não se trata, portanto, nem de renúncia de receita, tampouco de aumento de despesa fiscal.

Jornalista formado pela Universidade Federal de Goiás (UFG), com especialização em Comunicação Digital, e que trabalha há 14 anos como repórter e redator

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