Protestos atrapalham produção de 6 MILHÕES de iPhones na China e Apple fica no prejuízo

Com grande confusão instalada na principal fábrica da Apple em Zhengzhou, na China, o prejuízo poderá ser de 6 milhões de iPhones Pro que ficarão sem ser fabricados ainda em 2022, conforme apontaram algumas fontes.

A principal parceira no mundo da Apple, a Foxxconn, permanece com a situação ainda pendente de regularização, e o estimado para a perda ainda poderá sofrer alterações.

A fábrica tem passado por protestos pela crescente da covid na China, e a empresa tem tentado fazer com que os montadores estejam de volta ao trabalho.

A Foxxconn está oferecendo o valor bônus de US$ 1.800 para o trabalhador que ficar nas instalações de Zhengzhou, visualizando uma possibilidade melhor de manter os funcionários atuando na nova versão do produto Apple. Com os bloqueios previstos ainda para a próxima semana, a produção poderá sofrer com mais alterações.

O cenário não é muito vantajoso na China, pois Zhengzhou recebeu intensos bloqueios por parte dos trabalhadores nas últimas semanas. No mês de outubro, funcionários precisaram fugir após verem alimentos básicos faltando e foram substituídos por funcionários que apresentavam comportamentos agressivos.

Com o pensamento focado em controlar a transmissão da covid no país, o governo chinês transferiu cerca de 870 trabalhadores para um lugar que fica a 370km de distância, sem avisá-los previamente dessa mudança.

Foxxconn é a maior produtora de iPhone 14 Pro e Pro Max, justamente os aparelhos que estão tendo maior procura atualmente. A Foxconn e a Apple creditam que o atraso causado pela confusão em Zhengzhou nos últimos dias poderão ser compensados nas produções de 2023, conforme indicou a fonte.

“Isso demonstra que todos, até mesmo a Apple, são suscetíveis a restrições na cadeia de suprimentos na China devido à covid”, indicou Anshel Sag, da Moor Insights & Strategy.

Prejuízo total

O prejuízo de 6 milhões de aparelhos é significativo, pois as datas festivas de fim de ano e as férias costumam aumentar as vendas.

Com bloqueios mais intensos e duradouros diretamente em Zhengzhou, a Foxxconn pode colocar em risco cerca de 36% da receita do iPhone ou até mesmo cerca de 20% do total das vendas no último semestre.