Quanto ganham os motoristas de aplicativo no Brasil? Estudo revela média por capitais

Motoristas de aplicativo em São Paulo registram o maior faturamento médio mensal entre as capitais brasileiras. De acordo com um levantamento da fintech Gigu, o valor bruto recebido na capital paulista chega a R$ 8.571,43.

Contudo, os custos com combustível, manutenção do carro e outros descontos reduzem o lucro final para R$ 4.319,19. A jornada, no entanto, é exaustiva: em média, são 60 horas de trabalho por semana, a maior carga horária entre todas as capitais.

E em outras capitais, quanto recebem os motoristas de app?

Em outras regiões, o cenário é menos intenso, mas o retorno também diminui. No Rio de Janeiro, por exemplo, os motoristas trabalham cerca de 54 horas por semana e faturam, em média, R$ 7.200.

Após os descontos, o lucro mensal é de R$ 3.304,93. Em Recife, onde a carga de trabalho semanal é semelhante, os ganhos brutos são os mais baixos da pesquisa: apenas R$ 5.143, resultando em um lucro de R$ 2.007.

Outras capitais, como Belo Horizonte, Porto Alegre e Curitiba, apresentaram jornadas de até 56 horas semanais, com lucro médio variando entre R$ 3.000 e R$ 3.500.

O estudo, que ouviu 81 mil motoristas entre outubro de 2023 e outubro de 2024, analisou os dados submetidos pelos próprios profissionais e considerou dez capitais brasileiras.

Como começar a trabalhar como motorista de aplicativo?

Para quem deseja ingressar no mercado como motorista de aplicativo, o processo é relativamente simples, mas exige atenção a alguns requisitos.

• CNH com observação EAR: a Carteira Nacional de Habilitação deve conter a sigla EAR (Exerce Atividade Remunerada). Caso não tenha, é possível solicitar a inclusão junto ao Detran.
• Veículo em boas condições: o carro deve ter no máximo 10 anos de fabricação (a depender do aplicativo) e estar com a documentação em dia.
• Cadastro no aplicativo: o motorista deve se cadastrar nas plataformas, como Uber, 99 ou similares, fornecendo documentos pessoais e do veículo.
• Inspeção do carro: algumas empresas exigem uma vistoria para garantir que o veículo atende aos padrões de segurança e conforto.

Apesar de ser uma alternativa de renda flexível, a rotina pode ser intensa e envolve custos que precisam ser cuidadosamente gerenciados, como combustível, manutenção, impostos e até depreciação do veículo.

*Com informações de IstoÉ Dinheiro.