Radar 'longa vista': Capturando infrações no trânsito de longe

Os radares de trânsito são equipamentos que fiscalizam o cumprimento das leis como o limite de velocidade, o respeito ao sinal vermelho e a faixa de pedestres, por exemplo. Eles são instalados em pontos estratégicos das vias e emitem multas para os infratores.

O que muitos condutores não sabem é que existem diferentes tipos de radares, sendo que um dos mais novos no Brasil utiliza uma tecnologia baseada no efeito Doppler.

O que é o efeito Doppler

Esse é um fenômeno físico que ocorre quando há uma variação na frequência de uma onda sonora ou eletromagnética em virtude do movimento relativo entre a fonte e o observador. Por exemplo, quando uma ambulância se aproxima de você com a sirene ligada, você percebe um som mais agudo do que quando ela se afasta, que é mais grave.

Isso acontece porque a frequência da onda sonora aumenta quando a fonte se aproxima, se diminuindo enquanto se afasta. Isso é um dos vários exemplos do que podemos considerar efeito Doppler.

Como funcionam os novos radares  

Os radares que usam o efeito Doppler funcionam emitindo ondas eletromagnéticas na direção dos veículos e captando o eco dessas ondas. Ao comparar a frequência das ondas emitidas com as recebidas, eles conseguem calcular a velocidade dos veículos com muita precisão.

O mais importante, no entanto, é que esses novos radares podem medir a velocidade dos veículos a uma distância de até 50 metros após eles terem passado pelo ponto de instalação, evitando a prática infelizmente comum que os motoristas têm, de reduzir a velocidade apenas para passar pelo radar e depois acelerar novamente.

Esses radares também são capazes de registrar outras infrações de trânsito, como mudanças de faixa proibidas e desrespeito ao sinal vermelho, através das imagens capturadas por câmeras acopladas nos equipamentos de fiscalização.

Onde estão instalados?

No Brasil, já temos alguns modelos de radares com efeito Doppler instalados, tanto na cidade de Curitiba, quanto em São Paulo. No entanto, não é motivo para pânico, ainda, já que os aparelhos não estão autorizados a autuarem infratores, visto que estão apenas em fase de testes.