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Realização de lucros e reforma tributária ‘dão o tom’ da alta dos juros futuros
Na ‘ponta curta’, a taxa DI para janeiro de 2024 ia de 12,785% para 10,79%; já a de janeiro de 2027, subia de 10,075% para 10,17%
Enquanto aproveitava o momento para realização de lucros, além de ‘ficar de olho’, tanto na tramitação da proposta federal de reforma tributária no Congresso Nacional, quanto no andamento do projeto de lei que institui o Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), o mercado observava os juros futuros apresentarem viés de alta, na sessão desta quarta-feira (5).
No início das negociações, a taxa de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2024 avançava de 12,785%, no ajuste anterior, para 10,79%; a do DI para janeiro de 2025 ia de 10,705% para 10,75%; do DI para janeiro de 2026, passava de 10,06% para 10,145% e a do DI para janeiro de 2027, subia de 10,075%, na véspera, para 10,17%.
Depois que o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) revelou que pretende aprovar o texto do Carf, assim como o da reforma tributária e aquele relativo ao arcabouço fiscal, até a próxima sexta-feira (7), as taxas futuras de perfil mais longo começaram a se afastar das máximas do dia. Igualmente influencia no comportamento das taxas futuras a decisão do Conselho Monetário Nacional (CMN), de manter em 3% as metas de inflação para 2024 e 2025.
No front externo, também repercute no comportamento dos juros futuros a divulgação do índice de gerentes de compras (PMI) de serviços da China, que frustrou as expectativas do mercado, além de afetar os principais produtores de commodities e retirar o ‘apetite por risco global’.
Outra característica do pregão de hoje (5) é que os contratos de DI seguem acompanhando a valorização do dólar, ‘turbinado’ pelo fator de o ambiente internacional apresentar aversão ao risco, logo após o feriado da Independência ianque (4), em que as bolsas do país permaneceram fechadas.
Na avaliação do banco multinacional canadense ScotiaBank, no momento, os investidores têm recorrido a ativos mais seguros, como o dólar, depois do fracasso do leilão da construtora Shimao, o que serviu para reacender as tensões decorrentes da crise imobiliária da China, sem contar a divulgação de dados que dão conta da ‘perda de fôlego’ desse setor em vários países.
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