Receita da B3 (B3SA3) cresce 25,7% no 2T21

No embalo crescente do volume de negócios este ano, a B3 S.A. – Brasil, Bolsa, Balcão (B3SA3) – obteve no segundo trimestre deste ano (2T21), receita total de R$ 2,676 bilhões, o que corresponde a uma alta de 25,7% em relação ao mesmo período de 2020 (2T20). Ao divulgar seus resultados financeiros, a instituição considerou estar “em linha com o crescimento do mercado de capitais”.

Renda variável – Reforça o momento positivo, o lucro líquido atribuído aos acionistas, de R$ 1,193 bilhão, que representou avanço de 33,7% no comparativo já mencionado. Sobre o aquecimento do mercado no 2T21, o presidente da B3, Gilson Finkelsztain observa avanços significativos, tanto em operações de renda variável – que somou R$ 46,4 bilhões, com 13 IPOs e 10 follow-ons – como em novas emissões de renda fixa.

Reabertura controlada – Ao mesmo tempo, Finkelsztain entende que “o avanço da vacinação nos países desenvolvidos, assim como no Brasil, aliado à reabertura controlada da economia, resultou em maior confiança dos agentes econômicos, com desdobramentos positivos nos negócios”.

Inovações ambientais – Entre as inovações, a B3 passou a incorporar, entre os temas ambientais, sociais e de governança (ESG, na sigla em inglês), tendo em vista “fazer um balanço dos papéis da companhia, como empresa listada e indutora de mercado”. Nesse sentido, destaque para o segmento listado, cuja receita operacional aumentou 19,5% (R$ 1,807 bilhão) ou 67,6% do total, no segundo trimestre de 2021, ante o mesmo período de 2020 (2T21/2T20).

Valorização de ativos – Como argumento para esse desempenho, a instituição aponta a valorização dos ativos sob a forma de ações à vista, em que o índice Bovespa chegou a ultrapassar os 130 mil pontos, máxima histórica na oportunidade, quando também houve expansão notável da base de investidores individuais.

Mais investidores – No que toca ao segmento de ações, o vice-presidente Financeiro, Corporativo e de Relações com Investidores da B3, Daniel Sonder explica que o volume médio de negociações diárias aumentou 17,1% (R$ 33,1 bilhões), em paralelo ao crescimento de 17,1% do número de investidores individuais neste mercado, o que correspondeu a 3,2 milhões de pessoas.

Crescem emissões de CDBs – Já no segmento Balcão, a receita obtida foi de R$ 281 milhões – 10,5% do montante global, aumento de 6,8%. Já nos instrumentos de renda fixa, o volume de emissões e o estoque de instrumentos de captação bancária registrados no trimestre cresceram 11,6% e 12,0%, respectivamente, decorrente do crescimento de emissões de CDBs – papéis responsáveis por 75,3% de novas emissões durante o trimestre, período marcado pelo aumento das captações pelas instituições financeiras, tendo em vista financiar a maior demanda por concessão de crédito ou para reforço do balanço.

Recuo nos derivativos – No mercado de renda fixa, o Tesouro Direto foi a aplicação preferida, que apresentou expansão do número de investidores e o estoque em aberto de 20,0% e 2,5%, respectivamente. Em contrapartida, no período em estudo, o mercado de instrumentos derivativos de balcão e operações estruturadas recuaram 26%, em decorrência da alta base de comparação entre trimestres (2T21/2T20), período de alta volatilidade devido à pandemia.

Também positivo também foi o desempenho do segmento de Infraestrutura para Financiamento, cuja receita subiu 48,5% (R$ 117 milhões) ou 4,4% do total, também impactado pela base de comparação ‘fraca’, igualmente por conta da pandemia.

Veículos avançam – As vendas de veículos, por seu turno, tiveram expansão de 165,8% e 7,5% na comparação anual e trimestral, respectivamente, melhoria decorrente da recuperação desse mercado. Outro ponto positivo é a ampliação, em 71,0%, do número de inclusões no Sistema Nacional de Gravames (SNG) no comparativo 2T21/2T20, e de 6,1%, no confronto com o primeiro trimestre de 2021 (2T21/1T21), como reflexo da pandemia, o mesmo valendo para a participação do crédito no total de veículos comercializados.