Economia
Receita do setor de máquinas e equipamentos recua 6,4% em janeiro
Segundo a Abimaq, ocupação da capacidade instalada caiu a 75,5%, na quinta queda seguida
Espelho do processo de desaquecimento da economia, por conta da ação perniciosa da dupla juros altos e inflação elevada, a receita líquida total da indústria de máquinas e equipamentos atingiu, em janeiro último, R$ 20,25 bilhões, montante 6,4% inferior ao registrado em igual mês do ano passado, revelou, nesta terça-feira (28), a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq).
No mesmo comparativo anual, a entidade observou recuo de 10,1% do consumo aparente de máquinas e equipamentos, como também a queda, pelo quinto mês seguido, do nível de ocupação da capacidade instalada, para 75,5%. Outro dado que atesta a fragilidade do setor, segundo a entidade, é a retração de 2,4% da carteira de pedidos da indústria brasileira de máquinas e equipamentos, ante dezembro.
Ao comentar os resultados do setor, a diretora-executiva de economia e estatística da Abimaq, Cristina Zanella, observou que “janeiro começou com mesma tendência de desaceleração da atividade…o que torna a análise do setor um pouco mais preocupante”, acrescentando que “começamos o ano bem mais fraco do que gostaríamos”.
Entre os itens que contribuíram para ‘pressionar’ o faturamento de setor, a diretora-executiva da associação destacou as máquinas agrícolas, máquinas para bens de consumo e máquinas de transformação, sem contar a demanda contida por peças de reposição, a qual, segundo ela, revelaria a ‘hesitação’ dos industriais, em fazerem novos investimentos diante das incertezas da economia.
“A reforma tributária, ainda que não traga resultados rápidos, só o fato de haver o andamento do tema, tende a trazer confiança nos mercados e possivelmente atração de investimentos”, avaliou Cristina, para quem o mesmo vale em relação à definição do novo arcabouço fiscal do país, prometido pelo governo para março próximo.
Embora tenha anunciado, no final de janeiro deste ano, que o faturamento do setor deveria crescer 2,3% este ano, a Abimaq deverá alterar suas projeções, devido ao fraco desempenho da atividade, apresentado por números mais recentes.
Pela estimativa do presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas da Abimaq, Pedro Estevão, caso sejam mantidos elevados os juros e não haja mudanças no Plano Safra, a tendência é que a receita do setor recue, pelo menos 10%, em 2023.
“A janela de investimentos (pelos agricultores) ficou ruim e o próximo Plano Safra é só em julho. Por isso, teremos um primeiro semestre bastante ruim e dificilmente vamos recuperar isso no segundo semestre”, concluiu Estevão.

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