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Tecnologia

Recriação de pessoas falecidas com IA gera polêmica nos EUA

Empresas têm recriado imagens de celebridades já falecidas em comerciais.

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O grande progresso da tecnologia na última década trouxe recursos inimagináveis para a nossa sociedade.

Uma das maneiras pelas quais essa evolução tecnológica se manifestou é no campo das inteligências artificiais (IA) e dos chatbots, que estão cada vez mais presentes em nosso cotidiano.

No entanto, uma questão que tem gerado debates e dividido opiniões é a possibilidade de conversar com um ente querido falecido através desses avatares digitais.

Uso de imagens criadas com IA e seu impacto

Nos Estados Unidos, o uso de aplicativos como o StoryFile e o HereAfter AI tem possibilitado esse tipo de interação, gerando questões éticas e morais.

Enquanto alguns acreditam que essa tecnologia pode proporcionar momentos de conforto e lembranças com pessoas que já se foram, outros veem como algo perturbador e mórbido.

O StoryFile e o HereAfter AI funcionam a partir de entrevistas concedidas pelos clientes ainda vivos, que depois são utilizadas para criar um avatar que pode interagir com os usuários dos aplicativos.

Esses avatares conseguem reproduzir a voz e a imagem real das pessoas, criando respostas próprias e emocionais.

No entanto, a questão ética surge quando se trata de recriar digitalmente figuras públicas que já faleceram, como foi o caso do ator Robin Williams e da cantora Whitney Houston.

O uso de inteligência artificial para ressuscitar virtualmente essas personalidades tem gerado controvérsias e críticas por parte de seus familiares e fãs.

Nintendo utilizou IA para recriar o ator Robin Williams com sua filha Zelda – Imagem: Nintendo/Reprodução

Para alguns, a recriação de figuras públicas por meio da IA pode ser vista como uma forma de homenagem e preservação da memória daqueles que marcaram época em suas respectivas áreas.

Contudo, para outros, essa prática pode ser considerada invasiva e desrespeitosa, principalmente quando não há autorização prévia por parte dos familiares do falecido.

É de suma importância entender que a ética e a moralidade devem ser levadas em conta em todas as decisões relacionadas ao uso da tecnologia, especialmente quando se trata de questões tão sensíveis como a interação com entes queridos falecidos.

É fundamental refletir sobre os impactos e consequências dessas inovações tecnológicas em nossa sociedade, buscando sempre o equilíbrio entre avanço e responsabilidade.

A nossa realidade está cada vez mais dominada pela tecnologia, e por esse motivo é essencial manter a humanidade e a empatia em todas as nossas interações, sejam elas reais ou virtuais.

A discussão sobre o uso ético das inteligências artificiais e dos chatbots é fundamental para garantir que essas ferramentas sejam utilizadas de forma consciente e respeitosa, respeitando sempre a individualidade e a dignidade de cada pessoa, mesmo após a sua morte.

Formada produtora editorial e roteirista de audiovisual, escrevo artigos sobre cultura pop, games, esports e tecnologia, além de poesias, contos e romances. Mãe de três curumins, dois cachorros e uma gata, também atuo ativamente em prol à causa indígena no Brasil.

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