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Renda fixa sem IR faz sucesso entre investidores, mas há outras opções além dela

Investidor não deve considerar apenas a carga tributária da aplicação, mas também observar sua liquidez e perfil de risco.

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A isenção da cobrança do Imposto de Renda para Pessoas Físicas (IRPF) em títulos incentivados tem sido um dos atributos mais buscados por quem deseja aplicar seu dinheiro. Entretanto, outros papéis em renda fixa também oferecem excelentes oportunidades de rentabilidade e, sem dúvida, devem entrar no radar dos investidores.

A informação foi divulgada durante o painel “Adicionando alfa à carteira: ampliando o horizonte em títulos de crédito privado”, que fez parte da programação da Semana de Renda Fixa promovida pela XP há alguma semanas.

No encontro, Marcos Rodrigues, sócio e head de produtos de renda fixa da XP, disse que na hora de escolher um investimento em renda fixa, o investidor não deve considerar apenas a carga tributária da aplicação, mas também observar sua liquidez e perfil de risco.

“Às vezes escutamos que os títulos que pagam impostos são piores. Mas a mensagem é que não há uma regra que diga que todo título incentivado é melhor do que os demais. Sempre é necessário fazer a conta e comparar a rentabilidade após o pagamento do imposto”, declarou Carlos Alcântara, superintendente de produtos da B3 sobre o hábito de investidores que se apegam apenas à isenção do IR na hora de comprar um título.

Títulos que não possuem isenção do IR

Segundo Alcântara, produtos em renda fixa são parecidos, sendo uma das principais diferenças entre eles a cobrança ou não de imposto de renda. O especialista cita como exemplo os Certificados de Depósito Bancário (CDB), cujo IR é cobrado, e as Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e Letras de Crédito do Agronegócio (LCA), que são isentos de imposto para pessoa física.

Levando em consideração os riscos, todos os três títulos contam com a garantia do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), além de permitirem o resgate antecipado. Dentre eles, o que difere é a incidência do imposto. Por esse motivo, é importante sempre comparar o rendimento líquido do CDB com o da LCA e da LCI antes de se decidir.

O ano de 2021 pode ser um dos mais fortes em emissão de renda fixa. Para se ter uma ideia, até agosto passado, o mercado já atingiu R$ 208 bilhões de emissões de debêntures, CRIs, CRAs e fundo de recebíveis. O volume já é superior ao ano de 2020 inteiro, que foi de R$ 195 bilhões. Em comparação ao ano de 2019, o montante emitido foi de R$ 280 bilhões.

Por tudo isso, especialistas confirmam que as chances de investimento fora do círculo dos títulos isentos são muito mais amplas, sobretudo quando se leva em conta os estoques que englobam todos os papéis que ainda não venceram e estão circulando no mercado.

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