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Economia

Economia fica estagnada no terceiro trimestre do ano (3T23), segundo Monitor do PIB

Resultado do indicador atesta ‘fragilidade’ da sustentação de crescimento da economia

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Estagnação. Assim foi definido o desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) do país no terceiro trimestre do ano (3T23), que ficou sem variação (0,0%), em relação ao trimestre anterior (2T23), segundo o Monitor do PIB, divulgado, nesta terça-feira (21), pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV).

Ante o mesmo período de 2022, porém, o indicador apresentou alta de 1,8%. Ao recuar 0,6% do PIB em setembro, o PIB cresceu 0,8%, ante igual mês do ano passado. Em termos monetários, o PIB atingiu R$ 8,047 trilhões, no acumulado de janeiro a setembro, em valores correntes.

Em nota oficial, a coordenadora do Monitor do PIB/FGV, Juliana Trece  destaca que “a estagnação do PIB no terceiro trimestre, em comparação ao segundo, reflete a fragilidade de sustentação de crescimento da economia brasileira. A desaceleração da agropecuária e do setor de serviços explica a estagnação da economia pela ótica da oferta. Pela ótica da demanda, destaca-se a desaceleração do consumo das famílias e a queda da Formação Bruta de Capital Fixo [FBCF]”.

Juliana assinala, ainda, que “embora tenha crescido em menor ritmo, o consumo das famílias apresentou pela nona vez variação positiva com o resultado do terceiro trimestre, demonstrando grande resiliência deste componente apesar do ambiente de juros elevados e do alto grau de endividamento das famílias. Já a FBCF encolheu no terceiro trimestre, principalmente devido ao desempenho negativo do segmento de máquinas e equipamentos”.

Por finalidade, o Monitor do PIB serve para antecipar a tendência do principal índice da economia (PIB), levando em conta as mesmas fontes de dados e metodologia empregadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que responde pelo cálculo oficial das Contas Nacionais.

Do ponto de vista da demanda, o consumo das famílias subiu 2,5% no 3T23, no comparativo anual, o que atesta uma tendência de ‘desaceleração’ de ritmo desse indicador, ante o 3t22, por conta da menor contribuição do segmento de serviços. Sobre este desempenho, a FGV acentua que “embora esta contribuição ainda seja positiva, ela é significativamente menor do que foi em 2022, onde ainda havia um ambiente de normalização dos serviços, em decorrência da pandemia, e do forte estímulo fiscal”, acrescentando que, “desde meados do ano passado, o consumo de produtos não duráveis tem contribuído de forma mais evidente para o total do consumo das famílias.

Outro indicador, a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) – que mede a taxa de investimento na economia – recuou 5,3% no 3T23, em relação ao 3T22. “Esta queda se deve, quase que exclusivamente, ao segmento de máquinas e equipamentos, embora o segmento da construção também tenha retraído. O forte recuo do segmento de máquinas e equipamentos é de certa forma generalizado, com destaque para o segmento de caminhões e ônibus”, esclarece a nota do Monitor do PIB. A taxa de investimento da economia foi de 16,9% no terceiro trimestre.

Já a exportação de bens e serviços apresentou expansão de 10,6% no 3T23, ao passo que a importação encolheu 7%. “As exportações de produtos agropecuários e da extrativa mineral são as grandes responsáveis pelo forte crescimento das exportações”, avalia a FGV, em outro trecho da nota, ao acrescentar que “no caso das importações, a queda foi explicada pela menor entrada no País de bens intermediários importados”.

Sou um profissional de comunicação com especialização em Economia, Política, Meio Ambiente, Ciência & Tecnologia, Educação, Esportes e Polícia, nas quais exerci as funções de editor, repórter, consultor de comunicação e assessor de imprensa, mediante o uso de uma linguagem informativa e fluente que estimule o debate, a reflexão e a consciência social.

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