RS: Sebrae lança programa para ajudar empresas afetadas

O Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Rio Grande do Sul (Sebrae RS) vai ajudar micro e pequenos empreendimentos afetados pela recente catástrofe climática através do programa Sebraetec Supera, que já atuou nas enchentes de setembro do ano passado. “O objetivo é atender as empresas diretamente impactadas: microempreendedores individuais (MEIs), microempresas e empresas de pequeno porte”, disse Luiz Carlos Bohn, presidente do Conselho Deliberativo Estadual do Sebrae RS.

O programa foi inicialmente aplicado no Vale do Taquari em setembro de 2023 e agora foi ampliado devido à magnitude da destruição recente, afirmou Bohn. Em média, os pequenos empreendimentos tiveram prejuízos de até R$ 50 mil. “Já temos mais de 20 mil respostas à pesquisa feita, e o Sebrae RS elaborou esse trabalho. Remanejamos nosso orçamento no Rio Grande do Sul, com a liberdade do Sebrae Nacional, para direcionar todos os recursos disponíveis para esse programa”.

Sebrae

As empresas devem se cadastrar pelo site do programa, onde manifestam suas necessidades. “Nosso pessoal do Sebrae RS está em campo para buscar fisicamente as empresas. Muita coisa será feita online”, destacou Bohn. A consultoria do Sebrae RS reavalia a situação, faz um plano de ação para o recomeço das atividades e disponibiliza recursos para os micro e pequenos empreendimentos. Esses recursos serão a fundo perdido, ou seja, não precisarão ser devolvidos. “Não haverá nenhuma dívida”, garantiu o presidente do Conselho.

Os empreendimentos beneficiados receberão avaliação e consultoria do Sebrae RS e reembolso de até R$ 15 mil para custos com reparos, manutenção ou reposição de equipamentos e mobiliário afetados pelos alagamentos. O reembolso será por porte: microempreendedor individual (MEI) poderá receber até R$ 3 mil, microempresa até R$ 10 mil e empresa de pequeno porte até R$ 15 mil. Luiz Carlos Bohn disse que valor semelhante poderá ser obtido junto aos parceiros do Sebrae RS, como a Caixa Econômica Federal, o Banco do Brasil e cooperativas de crédito.

Comprovação

As micro e pequenas empresas e MEIs deverão comprovar a localização nas regiões afetadas, formular um plano de retomada e, em seguida, adquirir mercadorias, estoque, equipamentos, móveis ou utensílios necessários para seu funcionamento. “A maioria vai receber o reembolso no máximo em 45 dias”. Se não for possível reparar, os itens adquiridos deverão ser iguais ou similares aos substituídos. Não são elegíveis para reembolso itens cobertos por seguros ou obtidos por doação.

Um levantamento já realizado mostra a existência de cerca de 1,5 milhão de pequenos negócios entre microempresas, MEIs e pequenas empresas no estado. O Sebrae RS estima que 600 mil foram afetados pela catástrofe climática. “Não sabemos em que grau, mas 66 mil foram muito afetados. Podemos atender entre 10 mil e 15 mil com os recursos disponíveis. É o que podemos fazer”.

Assessoria

O Sebrae RS também está promovendo a Assessoria de Negócios, um produto baseado na metodologia do programa da Small Business Administration (SBA) dos Estados Unidos. Esse programa estrutura centros de desenvolvimento de pequenas empresas em todo o país, oferecendo treinamento, assessoria individual e soluções para o desenvolvimento sustentável e de longo prazo dos negócios. De forma semelhante ao Sebrae, esses centros utilizam métricas econômicas estratégicas para orientar suas ações.

Bohn explicou que o pequeno empreendedor precisa fazer uma conversa online ou presencial para reestruturar seu negócio, direcionando bem os recursos. Ele passa por um preparo de gestão e, depois, pode se tornar cliente do Sebrae. O principal objetivo da Assessoria de Negócios é garantir que as pequenas empresas afetadas pelas enchentes possam se reconstruir e sobreviver, mantendo sua operação, preservando empregos e aumentando o faturamento. As empresas atendidas serão organizadas conforme a região e a situação atual de sobrevivência, reconstrução ou emergência.

(Com Agência Brasil).