SC anuncia ações de prevenção contra Peste Suína Africana

A Peste Suína Africana (PSA), considerada pela Organização Mundial da Saúde Animal (OIE) como uma das doenças mais relevantes para o comércio internacional de produtos suínos, está se disseminando pelo mundo. Atualmente, mais de 50 países registraram casos de PSA, entre eles, a República Dominicana e o Haiti. No Brasil, a última ocorrência da doença foi registrada em 1981 e, desde 1984 o país não possui nenhum caso de PSA.

Apesar de não oferecer risco à saúde humana, a peste pode dizimar criações de suínos por ser altamente transmissível e leva a altas taxas de mortalidade e morbidade. Além disso, a PSA gera um grave impacto social e econômico, principalmente para as exportações de produtos de carne suína, para a renda das famílias rurais, bem como para a segurança alimentar.

No Estado de Santa Catarina, que atualmente é o maior produtor nacional de suínos, o Governo, a Secretaria da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural e a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola (Cidasc) irão lançaram uma campanha com o intuito de conscientizar a população sobre os riscos da PSA e as formas de prevenir o rebanho.

É necessária a colaboração de todos para proteger o agronegócio catarinense, que atualmente é responsável por quase 70% de toda exportação e por mais de 30% do Produto Interno Bruto (PIB) estadual. Dessa forma, a campanha publicitária será distribuída nos principais veículos de comunicação por meio de material em vídeo, áudio, impresso e online.

Além disso, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento reforçou a vigilância em portos e aeroportos, além de fortalecer sua capacidade de prevenção do ingresso do vírus da PSA no Brasil. Outras medidas também devem ser tomadas pelos produtores, como evitar alimentar os animais com sobras de comida (lavagem) e proibir a entrada de estranhos na granja. Caso haja qualquer suspeita da doença, o produtor deve notificar imediatamente a Cidasc.

De acordo com o secretário de Estado da Agricultura, é importante que os catarinenses fiquem atentos aos riscos da introdução da PSA em Santa Catarina. “Estamos agindo preventivamente para proteger o nosso rebanho e o nosso agronegócio. A suinocultura é uma das principais atividades econômicas de Santa Catarina e nós estamos reforçando as medidas de prevenção e conscientização não só dos produtores, mas também dos turistas e catarinenses. Embora a peste suína africana não seja uma doença transmissível para o ser humano, ela prejudica a economia como um todo e nós precisamos proteger a nossa economia. Nós somos guardiões da saúde animal em Santa Catarina e esse é um grande desafio diário”, afirma.