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Economia

Se você ganha R$ 10 mil por mês, está entre os mais ricos do Brasil

Você já pensou o que significa ter ‘muito dinheiro’ no Brasil?

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Por definição, uma pessoa rica é aquela que possui uma abundância de dinheiro, propriedades, bens materiais e outros ativos valiosos. Mas isso leva a outra pergunta: o que seria considerado ‘muito dinheiro’ atualmente?

Com a inflação em alta no Brasil, a desvalorização do poder de compra é uma realidade que afeta o bolso de todos. Segundo o IBGE, a inflação acumulada em 12 meses foi de 9,68%.

Nesse cenário, manter o mesmo padrão de vida exige mais dinheiro, o que torna ainda mais difícil atingir o status de ‘rico’. Entretanto, tal conceito pode ser relativo.

Mesmo que algumas pessoas sintam que têm pouco, quem ganha mais de R$ 1.848 mensais já está em uma posição financeira superior à de mais da metade dos brasileiros.

Pessoas que ganham acima de R$ 10 mil já vivem melhor que a maioria dos brasileiros – Foto: Reprodução

Números atualizados da renda brasileira

Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) de 2023, a renda domiciliar per capita no Brasil cresceu 11,5% em comparação ao ano anterior, atingindo o valor de R$ 1.848.

Esse foi o maior número registrado na série histórica, superando o recorde anterior de R$ 1.744, estabelecido em 2019.

Além disso, a massa de rendimento mensal domiciliar per capita chegou a R$ 398,3 bilhões, representando um crescimento de 12,2% em relação ao ano anterior e de 9,1% em relação a 2019.

Isso significa que quem ganha cerca de R$ 3 mil por mês já está entre os 89% mais ricos do país. Se a renda mensal chega a R$ 10 mil, a pessoa está entre os 94% mais ricos do Brasil, o que demonstra a desigualdade existente no país.

Classes sociais no Brasil

O IBGE divide a população brasileira em cinco classes sociais com base no poder de compra de uma família inteira ou de pessoas que moram juntas. As classes são definidas da seguinte forma:

  • Classe A: considerada a classe dos verdadeiros ricos, na soma de todos os integrantes da casa, o rendimento mensal fica acima de 20 salários-mínimos, ou seja, mais de R$ 26.400;

  • Classe B: famílias que recebem entre 10 e 20 salários-mínimos, com rendimentos mensais entre R$ 13.200 e R$ 26.400;

  • Classe C: popularmente chamada de classe média, inclui famílias que ganham entre 4 e 10 salários-mínimos, com rendimentos entre R$ 5.280 e R$ 13.200;

  • Classe D: famílias com rendimentos entre 2 e 4 salários-mínimos, ou seja, entre R$ 2.640 e R$ 5.280 mensais;

  • Classe E: inclui as famílias com rendimentos mensais de até R$ 2.640, ou seja, dois salários-mínimos.

O Brasil ainda enfrenta altos níveis de pobreza, com 27 milhões de pessoas na Classe E, o equivalente a 12,8% da população.

Tais indivíduos enfrentam dificuldades em cobrir até as necessidades mais básicas, vivendo abaixo da linha da pobreza.

Natália Macedo é graduada em Jornalismo, possui MBA em Comunicação e Jornalismo Digital. Mineira de Belo Horizonte, é apaixonada pelo Universo Geek e pelo mundo da música e entretenimento. Além disso, ama escrever e informar de maneira leve e democrática.

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