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Agronegócio

Seca na Hidrovia Tietê-Paraná afeta exportações

Navios estão reduzindo volume de cargas para evitar que fiquem emperrados nas margens do rio

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O rio Paraná é considerado a principal via de comércio argentino. Cerca de 80% das embarcações que levam as cargas de milho e soja, principalmente, rumo ao Oceano Atlântico passam pelo canal. Mas esta realidade anda ameaçada por conta da seca que atinge o rio.

Desde a década de 1940, a hidrovia não atingia um nível tão baixo quanto agora. Especialistas acreditam que as mudanças climáticas foram as responsáveis pela situação, que agora respiga em uma crise econômica envolvendo os dois países ainda em meio à pandemia (Brasil e Argentina).

Navios carregados de grãos estão reduzindo o volume das cargas na travessia, para evitar que fiquem presos às margens rasas do rio, e elevando-o em outros portos marítimos. Outra saída encontrada para diminuir o prejuízo tem sido a contratação de outras embarcações, o que torna o travessia ainda mais cara do que já é (além de demorada).

O setor que gera mais de US$ 20 bilhões anuais em exportações se vê prejudicado com a mudança. E até mesmo as importações também estão sofrendo as consequências da seca. É que com os baixos níveis do rio, há diminuição na produção de energia hidrelétrica, o que afeta no preço do diesel destinado às usinas, que tende a subir, obrigando as empresas e desembolsarem mais pelo produto.

Só na barragem de Yacyretá, que abastece cerca de 14% de toda Argentina, as operações estão sendo feitas com apenas um terço da capacidade.

Jornalista desde 2015. Pós graduada em Comunicação e Marketing desde 2020. Contadora de histórias desde sempre.

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