Segundo Haddad, empresas com superlucro deverão ser tributadas! Até 500 instituições poderão ser afetadas

A declaração de Fernando Haddad, Ministro da Fazenda, foi feita para o veículo de comunicação Band News. Em entrevista, o Ministro explica que tem planos de tributar grandes empresas.

Ele também ressalta que o Governo não possui a intenção de criar novas tributações e impostos. Nesse sentido, a cobrança seria destinada a grandes empresas que tem superlucro e utilizam de expedientes ilegítimos.

“Estamos falando de grandes empresas, que têm superlucros. De 400 a 500 (empresas) com superlucros, que, com expedientes ilegítimos, fizeram constar no sistema tributário que é indispensável, como subvencionar o custeio de uma empresa que está tendo lucros“, explica Haddad.

Além disso, o Ministro ainda acrescenta que se uma empresa como essas está tendo lucro, por que o Governo deveria oferecer dinheiro subvencionado a empresa em questão?

Esse dinheiro subvencionado, são incentivos fiscais, via ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), concedidos pelos estados para as empresas.

Esse “crédito tributário” é concedido para que as empresas tem como expandir seus negócios, no entanto, empresas buscam o benefício e o utiliza para custear contas básicas. Dessa forma, o Governo estuda alterar a lei, de forma que seja explicado o que é “custeio” e o que seria “investimento”.

Haddad comenta que devido a isso o Governo deixa de arrecadar entre R$ 400 bilhões e R$ 500 bilhões. Mas ele acrescenta que não haverá movimentação na parte desse montante que se refere as Santas Casas, à Zona Franca de Manaus e o Prouni (Programa Universidade Para Todos).

O ministro também afirma que essa medida implicará em uma queda nos juros, atualmente em 13,75% ao ano. Segundo o economista, se as contas estiverem em ordem, não existem motivos para que os juros estejam tão altos.

Por fim, o ministro explica que o Brasil está estagnado no crescimento nos últimos dez anos justamente por falta de arrecadamento, e que o Governo não deverá dar privilégios aqueles que não precisam.

“Não cresce há 10 anos por causa dessa desorganização das finanças públicas. Nós estamos perdendo arrecadação por causa desses jabutis“, comenta o ministro.