Ações, Units e ETF's
Selic alta garante atratividade de fundos de crédito privado
Em geral, modalidade é mais rentável do que títulos públicos
A perspectiva de o Banco Central (BC) manter elevada, por indeterminado, a taxa básica de juros (Selic) – hoje em 13,75% ao ano – aumenta muito a atratividade de papéis de renda fixa, como os fundos de crédito privado.
Versáteis, eles carregam nas carteiras, desde de debêntures incentivadas, a recebíveis imobiliários (CRI) e do agronegócio (CRA), ou ainda dívidas bancárias (CDBs), Letras Financeiras (LF), entre outras operações estruturadas, com a vantagem de apresentarem rendimentos superiores a títulos públicos, a exemplo do Tesouro Direto.
Em que pese o potencial risco de calote, os fundos de crédito privado (que investem em títulos de empresas) continuam sinalizando uma taxa de retorno maior que os tradicionais papéis emitidos pelo Tesouro Nacional. Nesse sentido, a consultoria Quantum destacou, para o exercício de 2022, ao menos, 20 fundos.
Entre eles, o que apresentou maior rentabilidade foi o Riza Meyenii 360 (5,07 mil cotistas e patrimônio líquido de R$ 582 milhões), da gestora Riza, que entregou um retorno de 18,05% de janeiro a outubro de 2022, o correspondente a uma rentabilidade 4,3 pontos percentuais acima da oferecida pela Selic.
Outros dois fundos da Riza (Riza Daikon e Daikon Advsory) também oferecem retorno superior ao da Selic, de 15,75% e 15,69%, respectivamente, em que o primeiro apresenta patrimônio líquido de R$ 35,8 milhões e 669 cotistas, e o outro, 9,83 mil cotistas e um patrimônio de R$ 592,4 milhões
Igualmente com destaque, o fundo Quasar Crédito High Yield, da Quasar Asset, permitiu retorno de 17,64% acumulado este ano, quatro pontos percentuais acima da Selic. Composto integralmente por direitos creditórios, o Quasar visa pagar CDI + 8%, por meio do investimento em cotas de Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (os FIDCs) – R$ 110 milhões de patrimônio e 168 cotistas.
Na avaliação do co-presidente e diretor de risco da Quasar José Paulo Perri, “o diferencial do fundo é que ele só pode fazer aquisição de cotas de FIDCs da Quasar, com o auxílio da fintech QFlash na consultoria de crédito. Por isso, a captação cresce de forma paulatina, porque a gente só abre para captar quando tem ativos internos para investir. Ou seja, eu preciso primeiro estruturar esses ativos, o que explica termos só esse valor de PL [patrimônio líquido] hoje em dia”.
A título de entendimento, explica-se que os fundos de direitos creditórios são classificados em três tipos de cotas: sênior, mezanino e subordinada. De acordo com suas metas e disposição ao risco, o investidor pode escolher entre essas modalidades de cotas.
De maneira geral, a cota sênior tem preferência do público, quanto ao recebimento de lucros, por aqueles que têm aversão ao risco. Já o mezanino é uma cota paga somente após o pagamento das sêniores, ao passo que a cota subordinada também só efetua o pagamento, depois que os cotistas das outras classes recebem sua parte, o que implica assumir maior risco de inadimplência.
Também bem cotados no ranking, estão três fundos da Galapagos Capital – Galapagos Dragon FI, Galapagos Dragon FIC e Galapagos Evolution FIC, cujas carteiras estão com retornos no ano de 17,32%, 13,66% e 13,45%, respectivamente. A meta dos fundos é ter um retorno de CDI mais 4%. O Dragon FIC detém hoje 752 cotistas e R$ 153 milhões de patrimônio líquido; o Evolution, 51 cotistas e patrimônio de R$ 66 milhões, enquanto o Dragon FI é um fundo fechado e que, por isso, não fornece dados pela gestora.
De acordo com o sócio e gestor de crédito da Galapagos, Gilberto Paim, as estratégias dos fundos são focadas em créditos estruturados, que hoje representam 64% da alocação do capital do fundo. O crédito estruturado nada mais é que uma estrutura que, na maioria dos casos, unifica uma série de dívidas, empréstimos e financiamentos.
“Começamos a apostar nessa estratégia em outubro de 2020 e ela foi ganhando tração ao longo do tempo, principalmente neste ano, com a alta dos juros, que deixou o produto ainda mais atrativo. Acertamos muito pelo percentual que temos em crédito mais líquido, cerca de 26% do patrimônio atual e acabou dando robustez aos resultados”, explica Paim.
O gestor explica que, no caso do fundo Dragon, os ativos estruturados dividiram espaço com as debêntures. No decorrer de 2022, a gestora passou a fazer uma troca que consistia em vender a carteira de crédito líquido, com mais demanda, enquanto ia criando os créditos estruturados para oferecer ao investidor. “Os estruturados contribuíram bastante para esse desempenho, porque o excesso de spreads que temos nesse tipo de ativo é muito maior”.
Diferente dos anteriores, o fundo Evolution oferece uma carteira de multimercados, que consiste em operações macro, além do crédito privado, isto é, a opção é por investimentos em ativos líquidos no mercado local e internacional, que inclui operações com juros, moedas, renda variável, crédito, commodities e imobiliário.
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