Bancos
Selic cai, mas principais bancos não atualizam suas taxas de juros
Levantamento do Procon SP.
Apesar da tendência de queda na taxa básica de juros da economia e na média de inadimplência das famílias, as taxas de juros para financiamentos ao consumidor permanecem praticamente estáveis, conforme revelado por um levantamento realizado pela Fundação Procon de SP.
Em fevereiro, a taxa média aplicada no empréstimo pessoal pelos seis maiores bancos comerciais do país foi de 7,94% ao mês, apresentando uma redução mínima de apenas 0,01 ponto percentual em comparação com janeiro.
Essa taxa, quando anualizada, resulta em um juro de 150% ao ano. Enquanto isso, a taxa básica de juros, a Selic, registrou uma queda para 11,25% ao ano, após cinco reduções consecutivas de 0,5 ponto percentual.
Dos seis bancos analisados – BB (BBAS3), CEF, Itaú (ITUB4), Bradesco (BBDC3; BBDC4), Santander (SANB11) e Safra -, apenas dois diminuíram as taxas de empréstimo pessoal em fevereiro, embora de forma pontual.
Selic
A Selic é a sigla para “Sistema Especial de Liquidação e Custódia”, que é o sistema utilizado pelo Banco Central do Brasil para realizar a compra e venda de títulos públicos federais. Além disso, a Selic também é o nome dado à taxa básica de juros da economia brasileira, que é determinada pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. Essa taxa é utilizada como referência para diversas operações financeiras no país, influenciando o custo do crédito, os rendimentos de investimentos e o comportamento da economia como um todo.
Inflação o Brasil
Conforme noticiado pelo Capitalist, a previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, teve um leve aumento, passando de 3,81% para 3,82% este ano, conforme divulgado no Boletim Focus dia 15. O Boletim Focus é uma pesquisa semanal realizada pelo Banco Central (BC), que compila as expectativas de diversas instituições financeiras em relação aos principais indicadores econômicos.
Para os anos seguintes, a projeção da inflação também registrou um aumento, passando de 3,5% para 3,51% em 2025. Já para 2026 e 2027, as estimativas permanecem em 3,5%.
Essa previsão para 2024 está alinhada com a meta de inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 3% para este ano, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Isso significa que a inflação pode variar entre 1,5% e 4,5%. Para os anos seguintes, as metas de inflação também estão definidas em 3%, com a mesma margem de tolerância.
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