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Economia

Selic: Copom mantém juros básicos em 10,5% ao ano

Comitê de Política Monetária.

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O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu por unanimidade, ontem, manter a taxa Selic, os juros básicos da economia, em 10,5% ao ano.

Na reunião anterior, realizada em junho, o Copom interrompeu o ciclo de cortes na taxa de juros que havia começado quase um ano antes. De agosto do ano passado até março deste ano, o Copom havia reduzido a Selic em 0,5 ponto percentual em cada reunião. Em maio, a taxa foi reduzida em 0,25 ponto percentual.

Em comunicado, o Copom justificou a manutenção da taxa devido ao ambiente externo desfavorável e ao desempenho dos indicadores de atividade econômica e do mercado de trabalho doméstico, que mostraram um dinamismo maior do que o esperado.

“O Comitê decidiu por unanimidade manter a taxa de juros inalterada, destacando a incerteza do cenário global e a resiliência da atividade econômica doméstica, juntamente com a elevação das projeções de inflação e expectativas desancoradas, o que exige acompanhamento diligente e cautela adicional”, declarou o comitê.

Selic

A decisão tem como objetivo consolidar o processo de desinflação. “A política monetária deve permanecer contracionista por um período suficiente para assegurar não apenas o processo de desinflação, mas também a ancoragem das expectativas em torno da meta”, afirmou o Copom.

O comitê enfatizou que se manterá vigilante e que eventuais ajustes futuros na taxa de juros serão guiados pelo firme compromisso de convergir a inflação para a meta.

Inflação

A Selic é o principal instrumento do Banco Central para controlar a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Em junho, o IPCA registrou alta de 0,21%, abaixo da taxa de 0,46% observada em maio.

No acumulado do ano, o IPCA subiu 2,48%, e nos últimos 12 meses, a taxa alcançou 4,23%, acima dos 3,93% registrados nos 12 meses anteriores.

Para 2024, o Conselho Monetário Nacional (CMN) estabeleceu uma meta de inflação de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Segundo o Relatório de Inflação divulgado em junho pelo Banco Central, a inflação esperada para 2024 é de 4%. O boletim Focus, uma pesquisa semanal com instituições financeiras divulgada pelo BC, projeta que a inflação oficial terminará o ano em 4,1%.

(Com Agência Brasil).

Redatora. Formada em Técnico Contábil e Graduada em Gestão Financeira. Contato: simonillalves@gmail.com.

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