Soja: ritmo mais forte de embarques dos EUA oferece mais apoio de alta que o Pro Farmer

O rali de safra Pro Farmer chegou em dois pesos pesados de grãos dos Estados Unidos, Iowa e Illinois, e isso pode parecer que tenha dado suporte para as altas moderadas da soja da quinta e as que se apresentam nesta passagem da sexta (25).

Às 8h15 (Brasília) o vencimento de novembro avança  0,50%, a US$ 13,79 o bushel, e o de janeiro sobe igual, a US$ 13,90. Os derivados estão mistos.

Nesses dois estados, as observações falam em danos mais severos pela seca e calor.

Mas o destaque mais importante, que empurra o grão, é a presença mais encorpada dos vendedores na ponta.

O acumulado embarcado pelos EUA está ainda um pouco abaixo frente a 2022, porém as informações divulgadas ontem mostram que o volume semanal de soja exportada foi 40% melhores que a média das últimas quatro semanas anteriores.

Em ritmo de encurtamento do disponível, também com o Brasil no monitor, as cotações saltam.

Esperar e apostar no impacto do clima – que, diga-se, tem mais alguns dias ruins pela frente nas regiões produtoras – é do jogo, mas vale a pena ler o que a consultora Naomi Blohm, da Stewart Peterson disse ao Farm Progress, mídia especializada americana:

“Embora seja tentador concentrar toda a sua atenção em adivinhar o impacto potencial da perda de rendimento com este calor recente, continue monitorando vários fatores”.

Ela lembra também outros, como a economia americana (pelo viés financeiro) e a geopolítica (caso da Ucrânia) – responsáveis pela bolha de alta da quarta -, bem como a situação esperada nas outras origens, a brasileira por exemplo, que o relatório WASDE, do USDA, de setembro deverá acusar.

Variáveis que Capitalist tem chamado atenção regularmente.