Supermercados estão operando com o menor estoque em dois anos

No ano de 2022, o Brasil, sem sombra de dúvidas, está passando por uma das piores crises na história da nação. Nesse cenário caótico, encontra-se a perda do poder de compra, o desemprego, e, com a queda da demanda cada vez mais crescente devido à dinâmica inflacionária, as redes de supermercados vem trabalhando fortemente com seus estoques reduzidos, fazendo malabarismo com os pedidos.

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Se antes os mercados compravam em grande quantidade para distribuir aos clientes, hoje, buscam comprar somente o que estima que será consumido pelos consumidores, para não obterem prejuízos.

Em vista disso, por conta desta seletividade, o embate dialético, travado entre a indústria e os lojistas, vêm aumentando, levando em consideração essas escolhas criteriosas acerca dos descontos relativos a encomendas com maiores proporções.

À vista disso, de acordo com o diretor da Neogrid, empresa especializada em cadeias de suprimentos, Robson Munhoz, todo o setor de varejo alimentar está operando com o menor índice de estoques nos últimos dois anos.

“As varejistas não estão mais comprando por oportunidade, mas sim por necessidade. Diversas indústrias têm limitado os volumes e, por isso, os descontos concedidos têm sido mais criteriosos“, relata.

De acordo com Munhoz, os varejistas vêm aprendendo a calcular toda a sua demanda partindo da perspectiva do consumidor. “É um ensaio mais apurado sobre o que de fato vende“, diz.

“Estão aprendendo a entender a demanda principalmente pelo uso de tecnologia“. Destarte, grande parte desse cenário foi construído devido à crise que vem ocorrendo no mundo e o valor do dólar que afeta o combustível e, consequentemente, toda a cadeia de suprimentos do Brasil devido ao frete.