Mercado de Trabalho
Tarô da Inteligência Artificial: especialistas falam sobre as previsões para o futuro
Levantamento revela que 57% dos trabalhadores já usam IA para tarefas específicas, e a tendência é que essa porcentagem aumente.
As IAs (Inteligências Artificiais) promoveram grandes transformações no mundo, principalmente no quesito de trabalho. Mesmo com pouco tempo de existência, tais tecnologias já se tornaram fundamentais em algumas áreas e espera-se que elas se tornem ainda mais abrangentes à medida que se aperfeiçoam.
Assim, segundo uma pesquisa realizada pela Kaspersky, empresa do ramo da segurança cibernética, cerca de 57% das pessoas já estão se valendo de algum tipo de IA para realizar suas atividades profissionais. Desse modo, mais tempo está sendo poupado em tarefas de rotina.
Consequentemente, essa tendência infelizmente ameaça alguns cargos e profissões, uma vez que tais funções vão sendo automatizadas e a presença humana se torna menos necessária. Com um cenário tão incerto, muitos se perguntam sobre como será o futuro do mercado de trabalho daqui para frente.
Como a IA deve impactar os empregos?
Um levantamento feito pela Thomson Reuters revelou que 67% dos empregados acreditam que a Inteligência Artificial impactará drasticamente nas carreiras nos próximos 5 anos. Mais da metade das pessoas ouvidas também acham que novas profissões serão criadas em decorrência dos avanços da tecnologia.
O diretor de inovação e parcerias da Universidade de Surrey, Dr. Andrew Rogoyski, por sua vez, crê que não existem mais as chamadas “carreiras à prova do futuro”, ou seja, aquelas funções que não serão afetadas pelas transformações do mundo.
De acordo com o acadêmico, nichos como engenharia, cibersegurança e ciência serão muito relevantes, mas é imprescindível que os futuros trabalhadores saibam operar as IAs e atuar em conjunto com elas para maximizar resultados.
“Minha recomendação aos estudantes é serem flexíveis, imaginativos e corajosos”, diz Rogoyski.
Entretanto, o setor criativo em especial pode enfrentar alguns problemas, com cargos de design gráfico e redação acabando por ser inevitavelmente substituídos pelas ferramentas autônomas, já que elas são alternativas mais baratas e podem produzir mais do que um humano.
Porém, especialistas como Sunil Manghani, da Winchester School of Art, e Ed D’Souza enxergam esse recurso como uma maneira de tornar a indústria mais acessível para todos, possibilitando maior diversificação para essa área.
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