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Economia

Taxa de desemprego cai para 7,6% no trimestre encerrado em outubro

Segundo IBGE, este é o menor nível de desocupação, desde o trimestre concluído em 2015

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Menor nível desde o trimestre encerrado em fevereiro de 2015, a taxa de desemprego do país registrou o patamar de 7,6% (da população economicamente ativa) no trimestre de agosto a outubro, o que representa um recuo de -0,3 ponto percentual (p.p.), ante o trimestre anterior (de maio a julho), apontam dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada, nesta quinta-feira (30) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Como resultante, a população desocupada atingiu o contingente de 8,3 milhões de pessoas ou 261 mil (3,6%) a menos do que no trimestre anterior.

Já o total da população ocupada passou a ser de 100,2 milhões, maior montante verificado, desde o início da série histórica, no primeiro trimestre de 2012. Ante o trimestre anterior, houve expansão de 0,9% (adição de 862 mil) e crescimento de 0,5% para igual trimestre do ano passado (mais 545 mil). Em consequência, o nível da ocupação (percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar) passou a ser de 57,2%, alta de 0,4 p.p. acima do verificado no trimestre de maio a julho.

A respeito dos dados divulgados hoje (30) a coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílios do IBGE, Adriana Beringuy, avalia que “a população ocupada segue tendência de aumento que já havia sido observada no trimestre anterior”.

Maior contingente de empregados – Maior contingente desde junho de 2014 (quando registrou 37,5 milhões), o número de empregados com carteira de trabalho no setor privado (com exceção dos trabalhadores domésticos) atingiu 37,4 milhões, o que equivale a uma alta de 1,7% (mais 620 mil) em comparação com o trimestre anterior, e elevação de 2,7% (adição de 992 mil) no comparativo interanual.

Se considerado o número de trabalhadores por conta própria, o contingente atingiu 25,6 milhões de pessoas, ou expansão de 1,3% (mais 317 mil), em relação ao trimestre anterior, ao passo que o número de empregados sem carteira no setor privado apresentou estabilidade, ao contabilizar 13,3 milhões de trabalhadores. “Isso mostra que, tanto empregados, como trabalhadores por conta própria contribuíram para a expansão da ocupação no trimestre”, observou a coordenadora do IBGE.

Por sua vez, o número de trabalhadores domésticos, no trimestre em questão, chegou a 5,8 milhões de pessoas, enquanto o contingente de empregadores ficou em 4,2 milhões de pessoas e o de empregados no setor público alcançou 12,1 milhões de pessoas, patamares considerados estáveis, tanto na comparação trimestral, quanto na interanual.

Transporte é destaque – Entre os grupamentos de atividades investigados pela PNAD Contínua, apenas o de Transporte registrou avanço entre os trimestres, com destaque para armazenagem e correio, com expansão de 3,2% (mais 172 mil pessoas).

Na comparação interanual, entretanto, houve alta em Transporte, armazenagem e correio (5,4%, ou mais 283 mil pessoas), Alojamento e alimentação (7%, ou mais 365 mil pessoas), Informação, Comunicação e Atividades Financeiras, Imobiliárias, Profissionais e Administrativas (4,2%, ou mais 508 mil pessoas) e Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (2,5%, ou mais 439 mil pessoas). E apenas uma redução, em Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (4%, ou menos 351 mil pessoas). “As atividades, de modo geral, retiveram trabalhadores, sendo observado crescimento significativo no grupo de Transportes, armazenagem e correio”, salienta a pesquisadora.

O rendimento médio real, por seu turno, cresceu 1,7% (estimado em R$ 2.999) em relação ao trimestre encerrado em junho, e subiu 3,9% ante o mesmo período do ano passado, em decorrência da expansão continuada entre ocupados com carteira assinada, posição na ocupação normalmente com rendimentos maiores. “Ou seja, a leitura que podemos fazer é que há um ganho quantitativo, com um aumento da população ocupada, e qualitativo, com o aumento do rendimento médio”, concluiu a coordenadora da pesquisa.

Sou um profissional de comunicação com especialização em Economia, Política, Meio Ambiente, Ciência & Tecnologia, Educação, Esportes e Polícia, nas quais exerci as funções de editor, repórter, consultor de comunicação e assessor de imprensa, mediante o uso de uma linguagem informativa e fluente que estimule o debate, a reflexão e a consciência social.

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