Economia
Taxação dos super-ricos voltará à pauta no G20, no Rio
De 14 a 16 de novembro na Cidade Maravilhosa.
O ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macêdo, destacou dia 7 a importância da participação da sociedade civil nas discussões da cúpula do G20, que acontecerá no Rio de Janeiro ainda este mês. Ele enfatizou que a criação do G20 Social pelo Brasil, uma terceira trilha no evento, é uma iniciativa para incluir a sociedade nos temas debatidos por chefes de estado e autoridades.
Macêdo anunciou que uma das propostas do relatório final, a ser entregue ao presidente Lula, aborda a tributação de super-ricos. O plano sugere um imposto global de 2% que afetaria cerca de três mil pessoas no mundo, com um patrimônio total de 15 trilhões de dólares. A arrecadação seria destinada ao combate à fome, à pobreza e às mudanças climáticas.
“Os chefes de Estado vão definir políticas para populações ao redor do mundo, sem participação da população?”, questionou Macêdo em entrevista ao programa *Bom Dia, Ministro*, do Canal Gov da EBC. “O G20 Social vem para que o povo possa contribuir com esse processo”, completou.
Taxação dos super-ricos
Criado pela presidência rotativa brasileira do grupo, o G20 Social acontecerá entre 14 e 16 de novembro, no Rio de Janeiro, antecedendo a reunião dos líderes das maiores economias do mundo, marcada para os dias 18 e 19. O objetivo é ampliar a inclusão de atores não-governamentais nos processos decisórios.
“O presidente Lula está convidando a sociedade para participar. A grande marca do G20 será a participação social”, afirmou Macêdo, reforçando a diversidade do evento. Os debates serão focados em três temas principais: combate à fome, à pobreza e à desigualdade; desenvolvimento sustentável (incluindo mudanças climáticas e transição energética justa); e reforma da governança global.
O evento contará com mais de 200 atividades autogestionadas, que darão voz às lutas e reivindicações de movimentos sociais. Haverá também uma área com 150 barracas onde serão exibidos produtos como artesanato, publicações e serviços.
As contribuições da sociedade civil formarão um documento síntese que será entregue ao presidente Lula, que o levará à cúpula do G20 para discussão com outros líderes mundiais. “Será um documento com a visão popular e do movimento social organizado, que será encaminhado aos chefes de estado do G20”, explicou Macêdo, indicando que a intenção é que essas contribuições façam parte da Declaração de Líderes.
G20
Macêdo também revelou que o G20 Social terá continuidade na próxima cúpula, que acontecerá na África do Sul em 2025. “Nossa esperança é que o G20 nunca mais aconteça sem a participação popular”, afirmou.
Qualquer pessoa poderá participar do G20 Social mediante credenciamento, que está aberto até o dia 12 na página do G20 Brasil 2024. Para se credenciar, é necessário fornecer nome completo, e-mail, CPF ou passaporte e outros dados.
A abertura oficial da cúpula será no dia 14 de novembro, às 14h, com a presença do ministro Márcio Macêdo, da Primeira-Dama Janja da Silva, do ministro das Relações Exteriores Mauro Vieira, do ministro da Fazenda Fernando Haddad, da ministra da Cultura Margareth Menezes, e representantes da sociedade civil internacional e brasileira.
No segundo dia, 15 de novembro, ocorrerão três plenárias sobre os eixos principais: combate à fome e desigualdade; sustentabilidade e mudanças climáticas; e governança global. No encerramento, em 16 de novembro, será feita a leitura do documento final, conduzida por diversos representantes da sociedade civil. A programação completa pode ser acessada no site do evento.
(Com Agência Brasil).
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