Tem dívida ativa? Primeiro passo para quitar NÃO É ter mais dinheiro

Sair das dívidas é um objetivo comum para muitas pessoas, mas o caminho para alcançar essa meta nem sempre é óbvio.

A primeira reação de muitos é buscar mais dinheiro, seja através de empréstimos, bicos ou até mesmo vendendo bens.

No entanto, o verdadeiro primeiro passo para sair das dívidas não está em conseguir mais recursos financeiros, como muitos pensam e fazem por aí.

A gestão eficiente do que você já possui é o alicerce para se livrar das dívidas e evitar problemas futuros.

Entender qual o processo correto para não apenas se livrar dos débitos, mas sim não fazer novas, é a chave para a resolução por completo do problema.

O primeiro passo para se livrar das dívidas para sempre – Imagem: rafastockbr/Shutterstock

Planejamento de gastos: a base para o sucesso

O planejamento de gastos é o ponto de partida para qualquer pessoa que deseja sair da inadimplência. Sem um plano claro, é fácil perder o controle sobre as despesas e se afundar mais em dívidas.

Por isso, é necessário criar um orçamento detalhado, em que todas as fontes de renda e as despesas sejam listadas.

Isso inclui desde os gastos fixos, como aluguel e contas de serviços públicos, até os variáveis, como alimentação e lazer. Após identificar todos os gastos, é hora de categorizar as despesas entre essenciais e não essenciais.

Tal análise ajudará a encontrar áreas onde é possível cortar gastos e liberar recursos para o pagamento das dívidas.

Lembre-se: o objetivo é criar um plano de despesas realista que permita viver dentro das suas possibilidades, sem acumular novos débitos.

Uso inteligente do dinheiro: prioridades e estratégias

Dominar as finanças pessoais também envolve o uso inteligente do dinheiro. Uma vez que você tem um planejamento de gastos estabelecido, o passo seguinte é priorizar o uso do dinheiro disponível.

Isso significa destinar parte da renda para as despesas essenciais, mas também para a quitação das dívidas. Uma estratégia eficiente é adotar a “regra 50/30/20”, na qual:

• 50% da renda é destinada às necessidades básicas;

• 30% para desejos;

• 20% para o pagamento de dívidas e poupança.

Se as dívidas são significativas, essa proporção pode ser ajustada temporariamente, com uma maior parcela sendo direcionada para a quitação das obrigações financeiras.

Além disso, evite usar crédito para cobrir despesas do dia a dia. O uso constante do cartão de crédito ou cheque especial pode criar uma bola de neve de juros e taxas, dificultando mais o controle financeiro.

Focar em pagamentos à vista e no uso consciente do crédito é essencial para não agravar a situação.

Renegociação de dívidas: uma saída eficiente

Se as pendências já se tornaram um problema, a renegociação é uma ferramenta poderosa para recuperar o controle das finanças.

Muitos credores estão dispostos a negociar condições de pagamento mais favoráveis, especialmente se você mostrar boa vontade em quitar o débito.

Renegociar prazos, taxas de juros e parcelas pode tornar a dívida mais manejável e evitar que você caia em inadimplência.

Para iniciar a renegociação, entre em contato com os credores e explique sua situação financeira. Seja honesto e claro sobre o que pode pagar mensalmente.

Lembre-se de formalizar qualquer acordo por escrito, garantindo que as novas condições sejam respeitadas por ambas as partes.

A jornada começa com conhecimento

O caminho para sair das dívidas começa com o domínio das finanças pessoais. Planejar os gastos, usar o dinheiro de forma inteligente e renegociar as dívidas são passos essenciais para quem deseja retomar o controle financeiro.

Ao focar nessas estratégias, você não apenas pagará suas dívidas, mas também construirá uma base sólida para uma vida financeira estável e livre de preocupações.