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Economia

Tesouro está acompanhando mercado secundário de LFTs e vê estabilização após reprecificação

Coordenador-geral de Operações da Dívida afirmou que cenário atual não decorre das incertezas fiscais, mas de um movimento de reprecificação.

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O Tesouro está de olho no movimento de preços no mercado secundário de LFTs, e acredita que haverá estabilização após a reprecificação que está ocorrendo, afirmou nesta segunda-feira Luis Felipe Vital, coordenador-geral de Operações da Dívida.

O plano nesse meio tempo é diminuir colocações desses títulos flutuantes para que o Tesouro não seja mais uma fator de pressão nos mercados, movimento que ocorreu no leilão da última quinta-feira, quando houve redução do lote ofertado de LFTs, disse Vital.

O coordenador-geral também afirmou que cenário atual para os papéis não decorre das incertezas fiscais, e sim de um movimento de reprecificação, como o que aconteceu no passado com os papéis prefixados.

“A gente tem visto uma abertura na taxa, um aumento nas taxas, nos prêmios das LFTs, e isso basicamente reflete um fluxo vendedor maior, de forma que as taxas passam a ficar mais altas”, afirmou.

“Esse é um mercado extremamente importante para o Tesouro, o Tesouro tem prestado bastante atenção nos movimentos desse mercado. A gente acredita que o mercado está passando por um movimento de reprecificação e que em algum nível ele deve se estabilizar”, acrescentou.

Perguntando se nível atual de 2% ao ano da Selic não estaria ajudando para essas mudanças no mercado secundário de LFTs, Vital disse que o fato de a taxa básica de juros estar no seu piso histórico não impede que o mercado precifique um prêmio em cima dos títulos.

“Estamos vendo mercado mais vendedor de LFT e isso faz com que esse prêmio acima da Selic tenha aumentado ou esteja aumentando ao longo das últimas semanas”, disse ele.

“Acontecendo um movimento natural de precificação, esse prêmio vai chegar num patamar onde ele encontra compradores. E aí deve equilibrar esse mercado.”

Já em relação ao colchão de liquidez da dívida, ele garantiu que ele continua acima do limite prudencial de três meses e que o Tesouro considera como única possibilidade mantê-lo além desse patamar.

Vital falou ainda que o aumento da participação dos investidores estrangeiros na dívida pareceu ter sido mais pontual do que um fluxo consistente, e que um movimento mais permanente depende “claramente” de um avanço na solidificação fiscal.

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