Economia
Teto da meta de inflação poderá ser ‘furado’ em 2022, admite BC
Ímpeto da inflação, acima da expectativa, é um dos fatores apontados pela autoridade monetária
A desancoragem de expectativas ou superação das projeções iniciais sobre a escalada inflacionária tem sido alvo constante de preocupação por parte do comandante da moeda, o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, ao admitir, inclusive, a possibilidade de o IPCA – já em dois dígitos, há dois meses do fim de 2021 – de 2022 furar outro teto, mas da meta oficial de inflação.
Política monolítica – Ao mesmo tempo, o mercado projeta uma taxa básica de juros (Selic) de 12% ao ano, ainda sob a política monolítica (de uma só alternativa) para debelar o ímpeto inflacionário, mediante a alta automática e consecutiva dos juros.
Resiliência altista – Preocupante. Assim é visto o cenário do mercado, no médio prazo, marcado pela resiliência altista dos índices de inflação. “Temos uma economia muito inflacionada, com números muito altos e núcleos elevados, em que a desaceleração deve ocorrer somente na segunda metade de 2022”, sentencia o sócio e analista de macroeconomia do Bahia Asset Management Fernando Daitx, ao projetar um IPCA de 5,4% no ano que vem, ainda acima da meta de 5%, fixada pela autoridade monetária, sem contar a previsão de 4,1% para 2023, igualmente superior à meta oficial de inflação.
Fim em maio – Ao prever o fim ‘do atual ciclo de aperto monetário para dezembro próximo, a gestora estima que a Selic deverá chegar até lá no patamar de 11,5%, mediante um aumento de 1,5 ponto percentual, somente no último mês do ano, com repique de idêntica alta, em fevereiro próximo, acrescido de novo reajuste de 0,75%, em março de 2022, quando deverá ficar em torno de 15%. Já no que se refere ao PIB, este deverá ficar negativo em 0,4%, na avaliação da empresa.
Selic a 12,5% a.a. – Expectativa semelhante manifestou a economista Stefanie Birman, ao lembrar que sua previsão para a inflação foi ‘inflada’ de 9% para 10,2%, para este ano, e de 4,5% para 5,4%, também acima da meta de 3,5%. Sua aposta é de uma Selic de 12,45% ao fim da fase de aperto monetário.
Compromisso do BC – Ao focar sua atenção na resiliência da inflação em 2023, o economista-chefe da Vinland Capital, Aurelio Bicalho, após constatar que o IPCA deve supera 5% no próximo ano. “É importante o BC reiterar o compromisso com a inflação de 2022 e não desistir disso, mantendo a pretensão de garantir a ancoragem no horizonte mais longo”, cobra.
Processo contínuo – Sobre a condução da política monetária, Bicalho assinala que esta “é um processo contínuo, que demanda um maior aperto em 2022, para que no ano seguinte não haja necessidade de elevar muito a Selic”. Para a Selic, a Vinland prevê que a taxa básica deve chegar a 12,25%, em mao=io próximo.

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