Finanças
Títulos externos argentinos já viraram pó e nem Milei, o favorito até ontem, mudaria alguma coisa
Não há nada que a Argentina possa refletir de incertezas aos mercados com a indefinição da eleições
O único respingo nos mercados financeiros mundiais que a vitória de Sérgio Massa poderia proporcionar é o mesmo que teria sido se Javier Milei tivesse ganho o primeiro turno nas presidenciais da Argentina.
Isso se tiver fundos e gente louca o bastante carregando ainda os títulos externos do país.
Já aqueles que ainda estão dispostos a comprar, estão querendo taxas altíssimas, mesmo que um eventual calote não assegure nada.
Os papéis soberanos da Argentina estavam sendo negociados abaixo de 30 centavos de dólar na semana passada, mas há meses que já derretem.
Deve cair mais ainda a partir desta semana.
Ou seja, nenhum reflexo da falida Argentina, sem dólares até no câmbio negro, sem reservas, com inflação acima de 130%.
Não há nenhuma expectativa de que qualquer resultado do pleito final vá deixar algum alívio.
Nem com o ultraliberal, ou anarcocapilsta, chame lá como se chame o candidato da oposição, Milei, que de favorito nas pesquisas vai ao segundo turno como azarão e implorando pelos votos do macrismo – a candidata Patricia Bullrich, apoiada pelo ex-presidente Mauricio Macri, ficou em terceiro lugar.
Com Massa, double de ministro da Economia e candidato peronista, também não se espera muito mais – ou não se espera nada, a depender das versões “Faria Lima” existentes lá ou em outros lugares.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) pode esperar a nova ou a velha versão na Casa Rosada, a partir de 10 de dezembro, mas sabe que não há milagre que faça garantir o acordo de US$ 43 bilhões ainda em banho-maria.
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