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Tivit investe em mais aquisições para complementar portfólio

Tivit realizou sua última aquisição em 2019, quando comprou a startup carioca Stone Age.

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A Tivit, companhia brasileira de serviços de tecnologia, apostou neste mês em uma estratégia para acelerar seus negócios através de aquisições, mirando em áreas como cibersegurança e inteligência artificial em meio a uma tendência de digitalização de empresas gerada pela pandemia.

Fundada há mais de 20 anos e atualmente presente em cerca de 10 países na América Latina, a empresa reservou 400 milhões de reais para aquisições até 2025, plano que será liderado pela recém-formada unidade Tivit Ventures e mira os segmentos de internet das coisas, indústria 4.0 e computação em nuvem.

“O objetivo é comprar startups de software como serviço para trazermos empresas que já tenham um produto escalável para apoiarmos o crescimento”, explicou Eduardo Sodero, diretor de aquisições da Tivit e anteriormente chefe da divisão de supermercados do app colombiano de entregas Rappi.

“Buscamos bons carros e pilotos e vamos colocar uma gasolina aditivada para que o piloto só pense em acelerar o carro dele”, acrescentou Sodero, destacando que a Tivit vai empregar recursos próprios na estratégia e que as aquisições serão da totalidade das startups ou do controle delas.

A Tivit realizou sua última aquisição em 2019, quando comprou a startup carioca Stone Age, focada em tecnologias de análise de grandes volumes de dados (Big Data), que se transformou em uma das primeiras empresas da Tivit Ventures. Segundo Sodero, o novo plano passa pela compra de até 10 empresas por ano pela Tivit.

Nesse meio tempo, Stone e Totós disputam a empresa de software para varejo Linx, e o mercado de pagamentos do país tem passado por uma revolução, com o aparecimento de centenas de companhias disputando o segmento.

Segundo Sodero, o momento do anúncio da Tivit Ventures foi uma coincidência com a disputa pela Linx e que o fundo de investimento Apax Partners, que adquiriu a empresa em 2010, “está satisfeito com o crescimento” que a empresa tem mostrado. Ele não revelou o desempenho financeiro da Tivit, mas garantiu que o faturamento da empresa está em cerca de 1,8 bilhão de reais.

“Cada vez mais a tecnologia está acelerando. E a Tivit entende que tem que acelerar também…para a gente complementar nosso portfólio”, afirmou Sodero. As soluções de tecnologia da informação estão mirando em resolver problemas cada vez mais específicos de maneira cada vez mais eficiente, o que força a necessidade de oferta de múltiplos produtos aos clientes.

“Sempre prestamos serviços de ‘cybersecurity’, mas o mercado vem ficando cada vez mais complexo e demandando novos serviços e produtos”, disse o executivo em referência a área de cibersegurança, que recebeu atentação este ano na Tivit. A demanda foi potencializada pela pandemia, segundo ele, com muitas empresas passando a ter boa parte da força de trabalho atuando em regime de home office.

Em 2020, grandes empresas brasileiras registraram problemas com ataques de hackers, sendo a mais recente a locadora de veículos Unidas, que informou na segunda-feira que sofreu um “incidente de segurança” no domingo que interrompeu o funcionamento de alguns sistemas de tecnologia. A petroquímica Braskem havia sido a última vítima em outubro, e reportou uma tentativa de ataque do tipo ransonware. Em junho, a fabricante de cosméticos Natura&Co também afirmou ter sofrido um ataque hacker.

“Com o pessoal trabalhando de casa, os riscos de ataques só aumentam”, disse Sodero. “Várias empresas têm nos procurado para ajudá-las neste momento e aí vemos a oportunidade de trazer essas novas soluções”, acrescentou o executivo.

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