Economia
Trabalhadores recebem R$ 497 de vale-refeição — e ele some em 10 dias
Vale-refeição no Brasil cobre apenas um terço das refeições, forçando trabalhadores a gastar mais do próprio bolso.
A relação entre o valor médio do vale-refeição, o famoso VR, e o custo das refeições no Brasil, já em 2024, tornou-se uma preocupação crescente. O estudo da Pluxee revela que o benefício mensal de R$ 496,83 cobre apenas um terço do mês. Enquanto isso, o preço médio de uma refeição completa atinge a marca de R$ 51,61.
Com 22 dias úteis no mês, o valor diário de R$ 22,58 do vale-refeição não é suficiente, o que obriga os trabalhadores a desembolsar cerca de R$ 638,59 do próprio bolso para cobrir os dias restantes. Em comparação, em maio do mesmo ano, o benefício conseguia arcar com apenas 11 dias.
VR não tem conseguido alimentar os brasileiros pelo mês inteiro – Imagem: Caixaprepagos.com.br
Queda no poder de compra do vale-refeição
A pesquisa destaca a redução no poder de compra do vale-refeição ao longo dos anos. Em 2019, o benefício era suficiente para 18 dias no mês, já em 2022 caiu para 13 dias e estabilizou-se em 11 nos dois anos seguintes. A inflação, em constante alta, pressiona os preços das refeições, enquanto os valores dos benefícios não acompanham o aumento cobrado em restaurantes, padarias e demais estabelecimentos alimentícios.
Desigualdade regional do vale-refeição
Os impactos da inflação e do congelamento dos valores dos benefícios são especialmente sentidos nas regiões Norte e Nordeste, as mais afetadas por essa disparidade. O valor diário em tais áreas é inferior a R$ 19, enquanto o custo das refeições é superior a R$ 45.
Norte e Nordeste
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Valor diário do VR no Norte: R$ 18,18
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Valor diário do VR no Nordeste: R$ 18,21
-
Custo médio de refeição no Norte: R$ 45,41
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Custo médio de refeição no Nordeste: R$ 49,09
Centro-Oeste
No Centro-Oeste, apesar da diminuição no valor mensal de R$ 546,35 para R$ 456,41 no segundo semestre, a região ainda consegue manter a maior duração do benefício, ao cobrir 11 dias, isso se deve ao custo médio inferior da refeição, que é de R$ 45,21.
Sudeste e Sul
A região Sudeste, com o maior valor diário de R$ 24,39, enfrenta o custo das refeições mais elevado do país — R$ 54,54. Já no Sul, o benefício diário de R$ 21,43 não consegue arcar com o custo de R$ 48,91 por refeição.
Comparativo semestral do benefício por região
Região |
1º Semestre |
2º Semestre |
Centro-Oeste |
R$ 546,35 |
R$ 456,41 |
Sudeste |
R$ 491,82 |
R$ 536,79 |
Sul |
R$ 490,74 |
R$ 471,52 |
Norte |
R$ 459,85 |
R$ 400,00 |
Nordeste |
R$ 397,06 |
R$ 400,79 |
Esse cenário reflete um desequilíbrio entre o aumento dos custos das refeições e a manutenção dos valores dos benefícios. A situação comprova a necessidade de revisar as quantias concedidas, de modo que os trabalhadores possam contar com um apoio financeiro que efetivamente cubra suas necessidades alimentares durante o mês todo.

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