Mercado de Trabalho
Trabalho remoto gera economia de até R$ 1200 aos trabalhadores
Regime remoto tem proporcionado tanto economia para os funcionários quanto desafios para os gestores.
Um levantamento elaborado pela empresa especialista no segmento de Recursos Humanos, Robert Walters, divulgado em 2025, demonstra que o trabalho remoto tem proporcionado economias significativas para muitas pessoas, mas também apresenta desafios. Na Europa, 17% dos funcionários relataram poupar, em média, o equivalente a mais de R$ 1.200 mensais ao optarem pelo home office.
Já cerca de 47% dos funcionários conseguem economizar mais de R$ 600 por mês ao trabalhar remotamente. No entanto, o relatório destaca uma crescente restrição a essa prática, com diversas empresas endurecendo suas políticas de retorno ao escritório. Esse movimento tem impactado diretamente a flexibilidade laboral, uma vez que o trabalho híbrido tem se tornado a norma para grande parte das corporações.
Trabalho remoto é a preferência dos trabalhadores por oferecer vários benefícios e mais qualidade de vida – Imagem: Tima Miroshnichenko/Pexels
Preferência dos trabalhadores pelo trabalho remoto
A pesquisa da Robert Walters também indica uma alta disposição dos trabalhadores em sacrificar parte do salário para manter a possibilidade de trabalhar remotamente.
Segundo dados do National Bureau of Economic Research, alguns funcionários estão dispostos a aceitar até 25% de redução em seus rendimentos para evitar o retorno total ao escritório. Tal disposição reflete a importância atribuída à flexibilidade no ambiente profissional moderno.
Já o retorno ao escritório implica custos adicionais significativos tanto para empregados quanto para empregadores. Cerca de 47% dos entrevistados mencionaram um aumento nas despesas mensais entre o equivalente a R$ 636 e R$ 1.272.
Além disso, a visibilidade interna dos colaboradores foi apontada como um fator crítico, com 46% dos participantes destacando uma redução nas chances de promoção devido ao trabalho remoto.
Retenção de talentos
O desejo por mais flexibilidade na jornada de horas profissionais, em vez de dias adicionais de trabalho remoto, foi também manifestado por 48% dos entrevistados pela Robert Walters. No entanto, muitos ainda valorizam a economia de tempo e os custos de deslocamento, além da capacidade de conciliar melhor a vida familiar com a profissional.
Apesar disso, as empresas têm de lidar com desafios na retenção de talentos e na avaliação de desempenho remoto, com 73% dos gestores relatando dificuldades de comunicação.
As corporações que restringem o trabalho remoto tendem a enfrentar resistência, já que 79% dos trabalhadores afirmaram que poderiam mudar de emprego se o home office fosse eliminado.
Adaptação ao modelo híbrido
Assim, o modelo híbrido tem se consolidado como o mais adotado pelas organizações, deixando a modalidade totalmente remota em segundo plano. Dos trabalhadores remotos atuais, apenas 20% já operavam dessa forma antes de 2020.
Dados também da Robert Walters indicam que a maioria das empresas possibilita apenas um ou dois dias de trabalho remoto por semana, com apenas 13% oferecendo a possibilidade de trabalho completamente remoto.
Portanto, equilibrar as necessidades dos trabalhadores com os objetivos empresariais é crucial para o sucesso organizacional. Os empregadores devem considerar cuidadosamente as implicações de suas políticas de trabalho remoto para manter a satisfação e produtividade dos colaboradores.

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