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Economia

Transações correntes do país têm déficit de US$ 1,375 bilhão em setembro

Apesar do saldo negativo, resultado é o melhor para o mês, desde 2020, aponta BC

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Melhor desempenho para os meses de setembro, desde 2020 (saldo negativo de US$ 393,9 milhões), as transações correntes apresentaram déficit de US$ 1,375 bilhão em setembro deste ano, bem abaixo do déficit de US$ 6,9 bilhões, de igual mês de 2022, informou, nesta segunda-feira (6), o Banco Central (BC). Em agosto, o déficit chegou a US$ 778 milhões.

Se considerados os 12 meses encerrados em setembro último, o déficit em transações correntes totalizou US$ 39,8 bilhões (1,92% do PIB), abaixo, portanto, dos US$ 45,4 bilhões (2,21% do PIB) de agosto e de US$ 56,9 bilhões (3,09% do PIB), apresentado em setembro de 2022.

Em relação à mediana de levantamento feito pelo Projeções Broadcast – que apontava um déficit de US$ 1,6 bilhão – o resultado das transações correntes de setembro veio melhor que o esperado, quando foi estimado um intervalo que ia de um déficit de US$ 2,80 bilhões a um superávit de US$ 1,10 bilhão.

No acumulado do ano até setembro, as contas correntes nacionais exibiram um ‘rombo’ de US$ 20,895 bilhões, que chegou a US$ 39,832 bilhões, em 12 meses, o que corresponde a 1,92% do Produto Interno Bruto (PIB) – o menor déficit, em proporção do PIB, desde junho de 2021, quando atingiu 1,83%. Até o momento, a autoridade monetária estima em US$ 36 bilhões o déficit na conta corrente para este ano, segundo consta do Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de setembro.

Em contraste com o superávit de US$ 7,212 bilhões, registrado em setembro, na balança comercial, ante saldo positivo de US$ 2,1 bilhões em setembro de 2022, a conta de serviços foi deficitária em US$ 3,279 bilhões, o que representa um avanço de 6,2%, no comparativo anual. A conta de renda primária apresentou saldo negativo de US$ 5,468 bilhões, e a conta financeira, um déficit de US$ 2,189 bilhões.

A conta de transportes, por sua vez, registrou despesas líquidas de US$ 976 milhões, o que corresponde a uma retração de 46,9%, no comparativo anual, em decorrência da redução de gastos com fretes. Já as despesas líquidas com viagens internacionais atingiram US$ 674 milhões, que corresponde a um aumento de 37,2%, no comparativo anual – referente a aumentos de 36,1% nas receitas (para US$ 566 milhões) e de 36,7% nas despesas (para US$ 1,2 bilhão). Já as despesas líquidas com aluguel de equipamentos somaram US$ 750 milhões, o corresponde a um aumento de 9,8%, no comparativo anual.

Ao totalizar US$ 5,5 bilhões, em setembro deste ano, a renda primária apresentou redução de 13,0%, se comparada com o déficit de US$ 6,3 bilhões, em igual mês do ano passado.

Já as despesas líquidas de lucros e dividendos – associadas aos investimentos direto e em carteira – atingiram US$ 3,4 bilhões, montante inferior aos US$ 5,1 bilhões, de setembro de 2022. Na comparação interanual, as receitas e as despesas brutas de lucros e dividendos recuaram US$ 1,2 bilhão e US$ 2,9 bilhões, respectivamente, ao passo que as despesas líquidas com juros totalizaram US$ 2,1 bilhões em setembro último, ou US$ 888 milhões superiores ao resultado de setembro de 2022.

Os investimentos diretos no país (IDP) corresponderam a ingressos líquidos de US$ 3,8 bilhões em setembro de 2023 (US$ 3,4 bilhões em participação no capital e de US$ 368 milhões em operações intercompanhia), bem inferiores aos US$ 9,6 bilhões registrados em igual mês de 2022. Em 12 meses, o IDP acumulado somou US$ 60,0 bilhões (2,89% do PIB) em setembro de 2023, ante US$ 65,9 bilhões (3,21% do PIB) no mês anterior e US$ 72,1 bilhões (3,91% do PIB) em setembro de 2022.

No que toca às reservas internacionais, em setembro último, o montante chegou a US$ 340,3 bilhões – redução de US$ 3,9 bilhões, ante agosto – como efeito de contribuições negativas por variações de paridades, US$ 1,7 bilhão, e variações de preços, US$ 2,3 bilhões. A receita de juros somou US$ 591 milhões.

Sou um profissional de comunicação com especialização em Economia, Política, Meio Ambiente, Ciência & Tecnologia, Educação, Esportes e Polícia, nas quais exerci as funções de editor, repórter, consultor de comunicação e assessor de imprensa, mediante o uso de uma linguagem informativa e fluente que estimule o debate, a reflexão e a consciência social.

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