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Commodities

Trigo volta a precificar Ucrânia, milho mistura a guerra e soja sobe ignorando o USDA

Mercados testam cenário da Ucrânia e dúvidas quanto aos dados do USDA versus situação de chuvas irregulares nos Estados Unidos

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Quem não acompanhou o fechamento das cotações futuras do trigo na segunda e viu apenas as fortes elevações da manhã, com as notícias de que a Rússia abandonou o acordo de grãos que permite o escoamento ucraniano pelo Mar Negro, não deve ter entendido porque o cereal acabou caindo ao final do pregão em Chicago.

Na verdade, foi mero lance especulativo, com o mercado testando os ganhos da semana anterior, como se já estivessem no limite, além da nota da Rússia, dizendo que estaria aberta a reabrir negociações se suas solicitações – entre as quais, facilidades para suas exportações agrícolas -, forem atendidas.

Nessa dança de incertezas, nesta manhã de terça (18) o trigo avança novamente, em mais um lance de expectativa quanto à ausência do produto da Ucrânia na oferta mundial e em meio ao aumento dos bombardeios russos nesta madrugada brasileira.

Às 8h43 (Brasília), vai a mais 1,40%, US$ 6,61 para setembro.

Milho e soja

A baixa do trigo também influenciou o milho, outro cereal também do pacote ucraniano. E agora se aproveita do mesmo movimento de alta, acima de 2,20%, a US$ 5,09, para entrega no mês nove.

O índice do USDA de qualidade das lavouras, em dois pontos percentuais melhores na semana anterior sobre a outra, divulgados ontem depois do fechamento dos negócios, estão neutralizados.

Também informações da AgRural, do Brasil, quanto à certa lentidão da colheita brasileira, reproduzidos por sites acompanhados pelos comerciantes internacionais, tira um pouco do suporte do grão. Apesar, diga-se, da safra cheia esperada.

Quanto à soja, a melhora dos níveis das lavouras foi mais significativa, em 4%, para 55% entre boas e excelentes, mesmo assim os negociantes estão precificando avaliações de chuvas mais fracas nos próximos dias.

Os principais contratos sobem de 0,85% a 0,70%, entre agosto e novembro, de US$ 14,96 a US$ 13,89.

Com mais de 40 anos de jornalismo, sempre em economia e mercados, já passou pelas principais redações do País, além de colaborações para mídias internacionais. Contato por e-mail: infomercadosbr@gmail.com

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