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Trump impõe tarifa de 25% sobre aço e alumínio; medida afeta o Brasil

Passa a valer em 4 de março.

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou dia 10 um decreto determinando a aplicação de uma tarifa de 25% sobre todas as importações de aço e alumínio a partir de 4 de março. A medida, que pode impactar significativamente países exportadores como México, Canadá e Brasil, faz parte de uma de suas principais promessas de campanha: proteger a indústria norte-americana por meio da taxação de produtos estrangeiros.

“Nossa nação precisa que o aço e o alumínio permaneçam na América, não em terras estrangeiras. Precisamos criar para proteger o futuro ressurgimento da manufatura e produção dos EUA, algo que não se vê há muitas décadas”, declarou Trump ao assinar o decreto.

Segundo o presidente, a nova política será rigorosa e abrangerá todas as importações sem exceções. “Este é o primeiro de muitos. Proteger nossas indústrias de aço e alumínio é essencial. Simplificando: nossas tarifas sobre aço e alumínio serão de 25%, para todos os países, independentemente da origem”, afirmou.

Trump também destacou que empresas estrangeiras terão a opção de estabelecer filiais nos Estados Unidos para escapar das tarifas, trazendo sua produção para o território americano. Além disso, o presidente indicou que, nos próximos dias, pode anunciar tarifas adicionais sobre carros, semicondutores e produtos farmacêuticos como parte de sua estratégia de incentivo à indústria nacional.

Trump

Essa não é a primeira vez que Trump impõe tarifas sobre aço e alumínio importados. Durante seu primeiro mandato (2017-2021), ele adotou medidas semelhantes, mas muitas foram posteriormente flexibilizadas ou revogadas. Em março de 2018, por exemplo, impôs taxas de 25% para o aço e 10% para o alumínio, excluindo inicialmente Canadá e México e permitindo que outros países solicitassem exceções. O Brasil conseguiu um regime de cotas para exportação desses produtos, garantindo o envio de matéria-prima até um limite estabelecido.

Nos anos seguintes, as regras foram ajustadas, incluindo restrições adicionais. Em 2019, Trump acusou o Brasil de desvalorizar o real para obter vantagens comerciais e ameaçou reinstaurar as tarifas. No entanto, após conversas entre o então presidente Jair Bolsonaro e Trump, os EUA desistiram da medida. Em agosto de 2020, a Casa Branca reduziu em 80% as cotas de exportação brasileiras e, meses depois, elevou as tarifas sobre chapas de alumínio importadas do Brasil de 15% para 145%, alegando concorrência desleal.

(Com Agências).

Redatora. Formada em Técnico Contábil e Graduada em Gestão Financeira. Contato: simonillalves@gmail.com.

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