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Commodities

UE deve produzir menos açúcar devido a pragas nos campos da França

Principal motivo é uma icterícia transmitida por pulgões que devastou campos em toda a França.

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A União Europeia deve registrar uma alta relevante na produção de açúcar em 2020 em razão da devastação em seus campos causada por pragas e pelo clima seco, acreditam analistas.

O produto, que em 2019 teve produção de 17 de milhões de toneladas, caminha para produção de 16,1 milhões na UE e no Reino Unido, tornando o bloco um importador líquido e pressionando a delicada indústria de açúcar. O principal motivo, apontou um grupo de produtores franceses CGB, é a menor produção de beterraba açucareira na França, o maior produtor.

De acordo com o analista da CGB, Timothy Masson, só na França o recuo deve chegar a 15% em relação à média dos últimas cinco anos, especialmente em razão da praga transmitida por pulgões devastou campos em todo o país.

De braços dados com a redução na área de cultivo vem a produção de beterraba, também usada para fazer etanol, que deve chegar a 31,7 milhões de toneladas, frente a 38,6 milhões no ano passado, diminuindo a produção francesa de açúcar refinado de 4,9 milhões de 2019 para 4,1 milhões de toneladas em 2020.

A perda financeira para a indústria açucareira francesa causada pela redução deve chegar a 170 milhões de euros (202 milhões de dólares), segundo Masson.

“Você teria que voltar a 2003 para ver produtividades tão fracas”, explicou o analista.

Para Arthur Marshall, analista comercial sênior da NFU Sugar, o recuo de produtividade no Reino Unido deve ser parecido, embora parcialmente compensada pelo alta de 5% na área.

Já na Alemanha, a associação WVZ disse em sua primeira projeção que a produção de açúcar refinado de beterrabas na temporada 2020/21 recém-iniciada deve chegar a 4,12 milhões de toneladas, queda em relação às 4,23 milhões de toneladas da temporada anterior.

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