UE recomenda que governos façam gastos temporários e direcionados para recuperação

A Comissão Europeia recomentou nesta quarta-feira que governos da zona do euro continuem gastando em 2021 para ajudar a recuperação econômica da recessão provocada pela pandemia de coronavírus, mas de maneira que o estímulo adicional seja temporário e direcionado.

Em recomendações formais que serão endossadas pelos ministros das Finanças, a entidade afirmou que, “enquanto a emergência de saúde persiste, as diretrizes fiscais deveriam continuar dando amparo a todos os Estados-membros da área do euro ao longo de 2021”.

“As diretrizes deveriam ser ajustadas às circunstâncias específicas dos países e ser oportunas, temporárias e direcionadas”, acrescentou.

As recomendações ajudarão a desenhar a política fiscal dos 19 países que compartilham o euro.

Em outubro, os governos da zona do euro enviaram os planos de seu esboço de orçamento de 2021 à Comissão para saber se estão de acordo com as regras da União Europeia. A unidade executiva do bloco afirmou nesta quarta-feira que parte dos gastos previstos por França, Itália, Lituânia e Eslováquia não são temporários ou não são prevêem contrapartidas.

A Comissão também fez um alerta sobre as dívidas públicas de Bélgica, França, Grécia, Itália, Portugal e Espanha, afirmando que elas já estão altas mais piorarão durante a pandemia, e que por isso as nações deveriam mirar na sustentabilidade fiscal no médio prazo.

Os governos devem manter os canais de crédito para a economia e ajudarem empresas viáveis o quanto for necessário durante a crise, recomentou a Comissão.