Usiminas diz ter caixa R$ 4,9 bi para operar

A Usiminas (USIM5) comunicou que tem caixa de R$ 4,9 bilhões para operar, conforme documento encaminhado ao mercado.

O informe tem relação com o bloqueio de R$ 346,7 milhões, determinado pela Justiça de Minas Gerais, que foi posteriormente suspenso.

No documento, a empresa destacou que o bloqueio não era capaz de acarretar efeito materialmente relevante sobre a condução de seus negócios e atividades ou sobre a sua situação financeira ou patrimonial, uma vez que não a impedia de continuar honrando normalmente suas obrigações financeiras.

Em julho, o Ministério Público propôs uma ação civil pública pedindo reparação por dano moral coletivo, por causa da emissão de poluentes na atmosfera em Ipatinga (MG), em desacordo com os padrões permitidos pela legislação.

Vale lembrar que o JP Morgan, um dos principais bancos de investimentos do mundo, reiterou recomendação neutra para Usiminas PNA, com preço-alvo em R$ 7,50, potencial de 9,5%, mantendo posicionamento cauteloso com a siderúrgica por conta da sua exposição ao setor de aços planos no Brasil.

Os analistas escreveram, no relatório, que a companhia também passa por reformas no seu principal alto-forno, processo delicado que tem efeitos operacionais. “Com isso, a Usiminas deve enfrentar um segundo trimestre desafiador antes de melhorias em 2024”.

A ação USIM5 encerrou o dia 22 cotada a R$ 6,59.

Usiminas (USIM5): resultado inesperado

A companhia vem ao longo dos anos implementando alguns ajustes, como a venda de ativos considerados, neste cenário, ociosos e suas ações têm oscilado acima do normal.

Ainda assim, a Usiminas surpreendeu o mercado ao anunciar um lucro líquido de R$ 287 milhões entre abril e o final de junho, queda de 73% sobre o desempenho do mesmo período de 2022 e de quase 50% sobre os três primeiros meses deste ano. Acontece que esse resultado veio acima do esperado.

De acordo com o balanço, a empresa teve geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado de R$ 366 milhões no segundo trimestre, recuo de 81% na comparação anual.

No relatório, destacou que o desempenho foi afetado em parte por queda no volume vendido, preços menores de aço e custos e despesas maiores diante da grande reforma do alto forno 3 na usina de Ipatinga (MG), iniciada em abril e que paralisou o equipamento no trimestre. As vendas de aço em volume caíram 11% na comparação anual e 6% na trimestral, para 972 mil toneladas.

Também disse que projeta vendas de 900 mil a 1 milhão de toneladas no terceiro trimestre.