Vale estuda elevar biodiesel para caminhões de sua frota

Ludmila Nascimento, diretora de Energia e Descarbonização da Vale (VALE3), revelou que a empresa está considerando adiantar o aumento da proporção de biodiesel para 25% no diesel utilizado em sua frota de caminhões. A informação é do Estadão.

Atualmente, a legislação exige uma mistura de 14% de biodiesel no diesel vendido pelas distribuidoras, um percentual que será elevado para 15% até 2025 e, de acordo com o projeto de lei do Combustível do Futuro, em processo de aprovação no Congresso, poderá chegar a 20% até 2030.

Portanto, se a Vale optar por adotar a mistura de 25%, estará superando as exigências regulatórias em qualquer cenário. A executiva mencionou que estão em andamento testes de desempenho nos motores, e uma decisão sobre a viabilidade dessa estratégia de descarbonização será tomada em nove meses. Além disso, a empresa tem como objetivo reduzir suas emissões de carbono em até 33% até 2030 e alcançar a neutralidade de carbono até 2050.

Biodiesel

O biodiesel é um combustível produzido a partir de fontes renováveis, geralmente óleos vegetais ou gorduras animais. Ele é usado como uma alternativa ao diesel convencional, derivado do petróleo. O processo de produção do biodiesel envolve a transesterificação, que é a reação química entre um óleo vegetal ou gordura animal e um álcool, como metanol ou etanol, para produzir ésteres metílicos ou etílicos, que são os componentes principais do biodiesel, além de glicerina como subproduto.

O biodiesel é considerado uma fonte de energia mais sustentável do que o diesel tradicional, pois é produzido a partir de recursos renováveis, o que reduz a dependência do petróleo e contribui para a redução das emissões de gases de efeito estufa. Além disso, seu uso pode ajudar a promover o desenvolvimento econômico de regiões agrícolas, já que muitas vezes é produzido a partir de culturas agrícolas, como soja, canola, girassol, dendê e outras oleaginosas.