Economia
Vale mentiu em simulação na mina em Brumadinho, afirma delegado
Tragédia ambiental.
O delegado da Polícia Federal, Cristiano Campidelli, afirmou que a mineradora Vale (VALE3) forneceu informações falsas aos trabalhadores durante simulações realizadas antes do rompimento da barragem na Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho (MG), em janeiro de 2019.
Ele acusa a empresa de mentir sobre o tempo disponível para evacuação em caso de emergência. Durante a simulação, os trabalhadores foram orientados a caminhar calmamente até o ponto de encontro em caso de sirene, mas a Vale sabia que a sirene não funcionava e que o tempo real para evacuação era inferior a um minuto.
Campidelli destacou outras ações da Vale que, segundo ele, contribuíram para a tragédia. Ele afirmou que a Vale fez esforços para causar a morte das pessoas em Brumadinho. O delegado foi convidado por familiares das vítimas para compartilhar informações da investigação da PF em um seminário na Câmara Municipal de Brumadinho.
Brumadinho
O rompimento da barragem resultou na morte de 270 pessoas, a maioria sendo trabalhadores da Vale ou de empresas terceirizadas. Campidelli revelou que a barragem estava classificada como “zona de atenção” pela Vale, e sua situação foi discutida em um painel internacional com a alta cúpula da mineradora.
O inquérito da PF foi concluído em novembro de 2021, com o indiciamento de 19 pessoas. O relatório final foi encaminhado ao Ministério Público Federal (MPF), que decidirá se apresenta uma denúncia com base nele. O procurador Bruno Nominato explicou que o MPF pediu o arquivamento do inquérito em favor do trâmite estadual, mas após a federalização do caso, novos documentos dos EUA foram recebidos, e a decisão sobre denunciar mais três acusados ainda está pendente.
A denúncia
A denúncia apresentada pelo MP de Minas Gerais aponta um conluio entre a Vale e a empresa alemã Tüv Süd na emissão de declarações de estabilidade falsas. O fator de segurança da barragem era de 1,09, abaixo do mínimo exigido de 1,3. A PF também revelou que a barragem balançou durante perfurações em 2018, e a empresa omitiu a informação. Campidelli criticou a auditoria da barragem, alegando falta de imparcialidade. O MPF reiterou a denúncia do MP de Minas Gerais e incluiu todos os anexos no processo.
A Vale afirmou colaborar com as autoridades desde o início das investigações e reafirmou seu respeito às famílias impactadas, comprometendo-se com a reparação dos danos. A empresa Fugro, envolvida na perfuração, não foi responsabilizada pelo rompimento, pois a Vale omitiu informações sobre os riscos da estrutura. A tragédia de Brumadinho completará 5 anos em 25 de janeiro de 2024.
(Com Agência Brasil).

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