Variante delta nos EUA, Selic e inflação em alta no país pautam Ibovespa Futuro

Em que pese o noticiário conturbado, o Ibovespa Futuro opera, nesta terça-feira (10) em leve alta – mas ainda abaixo da barreira dos 125 mil pontos – ‘de olho’, tanto no cenário externo, diante do risco de a variante delta da covid-19 comprometer a recuperação econômica global, ao mesmo tempo em que a inflação doméstica (leia-se, IPCA, medido pelo IBGE) continua subindo, obrigando o Banco Central (BC) a admitir uma previsão de 7% para a Selic este ano.

Repique inflacionário – Apesar do temor de repique inflacionário – devido aos estragos econômicos da pandemia – a expectativa do investidor é de que, no caso dos países emergentes, haja continuidade no processo de estímulos monetários de longa duração, bem como a adoção de programas fiscais e posterior reabertura das principais economias mundiais.

Indicadores favoráveis – No front interno, os indicadores econômicos são favoráveis, com perspectiva de um crescimento ‘robusto’ (no jargão do mercado) no segundo semestre (2S21) para o país, ao passo que a previsão de inflação é de 6,8%, 3,8% e 3,25%, para 2021, 2022 e 2023, respectivamente.

Busca da meta – O BC, por sua vez, está adotando uma postura mais ‘rígida’, tendo em vista guindar a Selic a “um patamar acima do neutro, que coloque a inflação dentro da meta”.

Revisão instantânea – Tais projeções, no entanto, podem ser rapidamente revistas, devido ao avanço da carestia entre os serviços, bens industriais, adicional da bandeira tarifária (energia elétrica), sem contar com novas altas nos preços de alimentos, por condições climáticas adversas.