Veículos usados: saiba como identificar problemas antes da compra

Os preços dos veículos usados e seminovos dispararam em 2021, dificultando muito os planos dos brasileiros que desejavam trocar de carro.  Conforme dados do Monitor de Variação de Preços da KBB Brasil, automóveis com até três anos de uso tiveram aumento de 17,22% no ano passado, sendo que aqueles fabricados de 2011 foram os mais afetados, com variação de 24,26%.  

Segundo a Federação Nacional das Associações dos Revendedores de Veículos Automotores (FENAUTO), o motivo do aumento é a escassez de peças e equipamentos que atrasou e até interrompeu a produção a nível mundial. Com pouco estoque e alta demanda, os preços dispararam.

Ao tomar a decisão de comprar um carro usado, toda inspeção cuidadosa é necessária para evitar problemas futuros e grandes prejuízos. Além da pesquisa de valor, outros fatores devem ser avaliados na hora de adquirir um bem que já teve outro dono.

O que considerar ao escolher seu usado

O comprador deve sempre procurar o histórico completo do veículo, desde acidentes a problemas no motor, em canais online que fornecem esse tipo de informação.

Outro detalhe importante a ser observado é a coloração ou pinturas diferentes no painel ou na carroceria do carro. Isso porque muitos automóveis pegam fogo por falta de manutenção, descuido que pode provocar superaquecimento do motor e até problemas na hora de abastecer.

Além das pinturas, é ideal que o comprador procure por partes amassadas, ferrugem e rachaduras na carroceria do veículo. Outra observação necessária, é se certificar de que as janelas e as portas fecham e abrem corretamente.

A água também se tornou um problema recorrente na venda de veículos usados. Devido às fortes chuvas e enchentes que frequentemente atingem o país, o sistema elétrico de alguns carros é danificado. Para verificar se esse é caso, cheque os cabos e procure por cheiros diferentes, como bolor ou mofo.

Mas se você deseja comprar um automóvel em 2023, ainda há esperança. De acordo com relatório divulgado por uma das principais instituições financeiras do mundo, a J.P. Morgan Research, os valores dos usados podem cair de 10% a 20% em 2023.