Política
Venda dos Correios garantirá serviço mesmo a quem não pode pagar, diz ministro
Projeto de lei foi aprovado nesta quinta, 5, por 286 votos a 173.
Em rede nacional, o ministro das Comunicações, Fábio Faria, voltou a defender a privatização dos Correios. Na última segunda-feira, 2, ele defendeu a urgência da aprovação do Projeto de Lei 591/21, que trata da privatização da empresa estatal, alegando que está é a forma de salvá-la.
Leia Mais: Câmara aprova texto-base para privatização dos Correios
“Essa é a última oportunidade para garantir a sobrevivência dos Correios”, disse o ministro das Comunicações, sobre projeto de lei, que foi aprovado nesta quinta, 5, por 286 votos a 173.
Serviço postal garantido
Ainda segundo o ministro, mesmo com a venda da estatal — considerada fundamental pelo governo federal —, o serviço postal será garantido a todos os brasileiros, mesmo para aqueles que não podem pagar.
“Consultorias apoiaram o BNDES [Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social] no estudo detalhado sobre o que precisa ser preservado e melhorado na empresa. Depois, na Câmara, o projeto foi aprimorado, estabelecendo limites de preço e uma tarifa social, que garantirá os serviços mesmo para as pessoas que não podem pagar”.
Histórico de corrupção
Faria ainda lembrou do ‘triste histórico’ de corrupção envolvendo a estatal, que custou bilhões em prejuízo para o Brasil, e disse que a realidade mudou, sob o comando do presidente Jair Bolsonaro, citando o lucro de R$ 1,5 bilhão alcançado pelos Correios em 2020.
Lucro dos Correios
A estatal registra lucro anual desde 2017, de uma quantia de R$ 667 milhões— antes, portanto, de Bolsonaro assumir a presidência. Em 2018 e 2019, os Correios tiveram balanço positivo de R$ 161 milhões e R$ 102 milhões, respectivamente.
Reação sobre a privatização
O pronunciamento de Faria provocou reação imediata. A oposição e as entidades de classe criticam a iniciativa governista e a fala do mandatário da pasta de Comunicações do Governo Bolsonaro.
Ainda segundo os críticos do projeto e que representam os funcionários da companhia denominaram o discurso do ministro como uma ‘falácia’.
De acordo com Faria, a universalização dos serviços postais estará garantida com a privatização. Mas funcionários advertem que a venda total da estatal, como pretende o governo, vai encarecer os custos dos serviços postais para os brasileiros.
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