Economia
Vendas de veículos novos registram queda de 0,41% em agosto
Fenabrave aponta o fim de incentivos federais como determinante para o recuo do nível de comercialização
Por conta do fim do programa de incentivos federais, as vendas de veículos novos apresentaram queda de 0,41% em agosto último, no comparativo anual, informou, nesta segunda-feira (4), a Fenabrave (Federação Nacional de Distribuição de Veículos Automotores), levando em conta a queda de mil unidades – carros de passeio, utilitários leves, caminhões e ônibus – comercializadas no mês passado (207.717) ante agosto de 2022 (208.577).
Em relação ao mês anterior, quando foram emplacadas 215.711 unidades, agosto último igualmente registrou queda de 7,93%, mas ante junho, as vendas subiram 20%, indo a 27,5%, em relação a igual mês de 2022. No acumulado de janeiro a julho deste ano, houve crescimento de 13% nas vendas, no comparativo anual.
Por meio de ‘descontos patrocinados’, as concessionárias podiam aplicar reduções de R$ 2 mil a R$ 8 mil sobre o valor de veículos de até R$ 120 mil.
Na avaliação do presidente da Fenabrave, José Maurício Andreta Júnior, ao divulgar o relatório com dados do setor, “as medidas provisórias foram muito importantes para aquecer, momentaneamente, o mercado, mas o resultado de automóveis em agosto, agravado pela piora na oferta de crédito, já deixa clara a necessidade de uma política de fomento industrial de longo prazo”.
Segundo Andreta Júnior, o resultado de agosto só não foi mais negativo, devido à prorrogação dos descontos patrocinados por algumas marcas específicas. Ele admitiu, ainda, que a entidade estuda com o governo a adoção de alguns projetos, tendo em vista incrementar as vendas de automóveis e comerciais leves, voltados ao consumidor de menor poder aquisitivo. Se considerados somente os veículos novos, as vendas exibem alta de 9,41% no período de janeiro a agosto deste, no comparativo anual.
“Mas devemos lembrar que os emplacamentos tiveram um desempenho abaixo da média histórica no primeiro semestre do ano passado, devido a uma série de fatores (escassez de peças e componentes, guerra na Europa, alta nos combustíveis), e se recuperaram no segundo semestre”, concluiu o dirigente automotivo.
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