Conecte-se conosco

Economia

Vice-presidente do Brasil está na China para fortalecer relações comerciais

Geraldo Alckmin também é ministro do Desenvolvimento.

Publicado

em

Na madrugada do dia 7, em Pequim, o vice-presidente Geraldo Alckmin destacou o desenvolvimento e a parceria estratégica entre Brasil e China. Ele mencionou que há 65 anos o sociólogo Gilberto Freyre já previa a importância dos dois países, afirmando que “o Brasil é a China dos trópicos”.

Alckmin, que também é ministro de Indústria, Desenvolvimento, Comércio e Serviços, afirmou que a relação entre os países só tende a crescer, especialmente na área de descarbonização. Ele ressaltou a importância do Projeto Mover, um programa de mobilidade verde recentemente aprovado pelo Senado e que agora aguarda votação na Câmara dos Deputados. O Mover prevê um investimento de R$ 130 bilhões na indústria automobilística nos próximos anos, incluindo um crédito tributário de R$ 3,5 bilhões até 2028 para incentivar a inovação tecnológica em veículos elétricos e híbridos.

Ele também mencionou o potencial do Brasil na produção de etanol, tanto de primeira quanto de segunda geração, e destacou o apoio do Mover a diversas tecnologias verdes, incluindo biogás e hidrogênio verde. Segundo Alckmin, o Brasil tem uma diversidade energética única, com significativas adições de etanol na gasolina e óleo vegetal no diesel.

Autoridades da China

Alckmin citou a chegada das montadoras chinesas BYD e GWM ao Brasil, facilitada por políticas progressivas de Imposto de Importação e quotas de importação, permitindo tempo para a instalação de fábricas e redes de concessionárias.

O vice-presidente também falou sobre a crescente parceria geoestratégica e geopolítica entre Brasil e China, mencionando que o Brasil é o principal parceiro comercial da China e que os Estados Unidos são o maior parceiro de investimentos. Ele destacou a importância do Brasil na segurança alimentar global, na eficiência energética e no compromisso com o desmatamento zero.

Durante a entrevista, Alckmin comemorou o crescimento de 17 vezes na corrente comercial entre Brasil e China nos últimos vinte anos, passando de US$ 9 bilhões para US$ 157 bilhões, o que tem gerado novos empregos e melhorado a renda dos brasileiros. Na VII Sessão Plenária da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação (Cosban), presidida por Han Zheng, foram acordados novos investimentos e aberturas de mercado, como a exportação de noz-pecã, uva e gergelim para a China, além de um contrato de US$ 500 milhões para a exportação de café.

Alckmin

Alckmin também anunciou que 42 frigoríficos brasileiros foram habilitados a exportar para a China, com onze que estavam suspensos sendo reabilitados. Além disso, a parceria entre Sinovac e Fiocruz para a produção de vacinas e terapias celulares foi destacada como um avanço para o complexo industrial da saúde brasileiro.

Ele mencionou o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que prevê R$ 1,7 trilhão em investimentos, incluindo a construção de uma rota bioceânica do Brasil ao Peru. Alckmin também destacou o projeto do trem intercidades entre São Paulo e Campinas, licitado a uma empresa chinesa, como exemplo do potencial de colaboração em infraestrutura.

Sobre a catástrofe climática no Rio Grande do Sul, Alckmin expressou confiança na reconstrução e mencionou a importância de combater práticas de dumping para proteger a indústria nacional. Ele enfatizou a importância de apoiar pequenos exportadores, citando o exemplo da Itália e destacando iniciativas como a venda de café para a rede chinesa Luckin Coffee.

Por fim, Alckmin mencionou esforços de desburocratização, como a licença Flex, que agora permite o desembaraço aduaneiro em menos de 24 horas, totalmente digital e sem custos, em contraste com os procedimentos anteriores.

(Com Agência Brasil).

Redatora. Formada em Técnico Contábil e Graduada em Gestão Financeira. Contato: simonillalves@gmail.com.

Publicidade

MAIS ACESSADAS