Ações, Units e ETF's
Vitalidade de economia dos EUA alavanca alta de treasuries e juros futuros
Mercado de trabalho ianque forte ‘turbina’ papéis do Tesouro estadunidense e as taxas futuras
A surpresa global com a vitalidade do mercado de trabalho dos EUA – que registrou a criação de 497 mil empregos (ante expectativas de que esta não passaria de 220 mil), em junho último, de acordo com relatório divulgado, nesta quinta-feira (6) pelo ADP – além de fazer com que disparassem os rendimentos dos títulos do Tesouro ianque (treasuries), igualmente alavancaram as taxas futuras de juros.
Logo no início das negociações da sessão de hoje (6), a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2024 cresceu de 12,80% para 12,84%; a do DI para janeiro de 2025 subia de 10,76% para 10,83%; a do contrato para janeiro de 2026 saltava de 10,165% para 10,265%; e a ponta mais longa, do DI para janeiro de 2027, aumentava de 10,205% para 10,325%.
Em paralelo, enquanto o retorno dos papéis do Tesouro do Tio Sam (T-notes) com vencimento em dois anos, quebravam a marca dos 5%, o juro da T-note de dez anos superava 4%.
De acordo com um profissional de mercado, que preferiu o anonimato, “o desempenho dos juros americanos hoje continua horrível. A história das taxas em todo o espaço dos mercados emergentes, especialmente na América Latina, onde as curvas de juros têm muitos cortes precificados, depende disso”, ao acrescentar que “com taxas nos EUA em 5% ou 6%, é impossível ver os juros no Brasil abaixo de 9% e, portanto, a curva DI não tem valor agora”.
No front interno, as tensões ficam por conta dos desdobramentos que antecedem ao crivo, pelo Plenário da Câmara dos Deputados, da proposta federal de reforma tributária, que tem recebido críticas e apoios, com igual intensidade, nas últimas semanas.
Também na pauta de votação dos parlamentares está o projeto que institui o Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), uma espécie de ‘tribunal’ destinado a julgar processos relativos a contribuintes que devem impostos ao Estado. Trata-se de uma das principais apostas do governo para elevar, em pelo menos R$ 50 bilhões, a arrecadação federal. Ante ao iminente esvaziamento do Congresso, a partir da próxima semana, não está descartada a possibilidade de que a apreciação do Carf só ocorra em agosto.
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