Economia
XP: dívida pública colossal e desequilíbrio fiscal vão manter Selic em alta
Dívida pública, equivalente a 80% do PIB, continuará pressionando juros
Dono de uma dívida pública que beira os 80% do PIB – bem superior aos 50% do PIB, em média, dos demais países emergentes – o Brasil deverá suportar, ainda por um bom tempo, uma batida altista da Selic (hoje em 6,5% ao ano), a taxa básica de juros, pilotada pelo Banco Central (BC), prevê o economista-chefe da XP, Caio Megale.
Conta de R$ 6,5 tri – De acordo com o último levantamento disponibilizado, em setembro, pelo Banco Central (BC), a dívida bruta do governo federal (DBGG) – que compreende governo federal, INSS e governos estaduais e municipais – atingiu R$ 6,85 trilhões em agosto, o equivalente a 82,7% do PIB.
Bala de prata – Até o momento, o aumento da Selic tem sido o único instrumento utilizado pela autoridade monetária para conter a disparada da inflação, já anualizada em dois dígitos, pelo IPCA-10.
Credibilidade perdida – Segundo Megale, somente com o reequilíbrio das contas públicas é que será possível recuperar a credibilidade fiscal, honrando essa dívida colossal, tendo em vista dar estabilidade ao real. “Quando as nossas despesas são muito altas, como no caso brasileiro, e apresentamos despesas ainda mais altas no futuro, naturalmente nossa taxa de juros vai se deteriorar (subir, para melhor entendimento)”, explica o economista-chefe da XP.
Oportunidade perdida – Na sua avaliação, “em vez de o governo cortar despesas não relevantes, como emendas parlamentares, subsídios a diversos setores da economia ou programas que não são tão efetivos, a decisão do Executivo foi de manter todos esses gastos e alterar a regra para poder ampliar o tamanho do teto, que permitiria mais despesas”. Uma decisão explosiva e irresponsável, portanto.
Aversão turbinada – De acordo com Megale, o maior dano decorrente dessa mentalidade, é a perda da credibilidade do regime fiscal, turbinando a aversão ao risco de forma endêmica no mercado, como está ocorrendo. “Se você tem uma regra que limita suas despesas e, na hora que essa regra fica apertada, em vez de você cortar despesas você afrouxa a regra, isso diminui muito a credibilidade desse regime. Acho que é por isso que os membros da equipe econômica que estavam mais alinhados com esse sistema [do teto de gastos] resolveram sair”, arrematou.

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