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XP Seguros chega a R$ 10 bi sob gestão e quer ser líder na previdência privada em 3 anos

Evolução é resultado da crescente procura por produtos mais flexíveis e de melhor rentabilidade a longo prazo, disse o presidente da empresa.

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A XP Seguros, unidade da XP voltado para previdência privada complementar, ultrapassou a marca de 10 bilhões de reais em recursos sob gestão em outubro, alta apoiada pela migração de recursos por meio da portabilidade, conforme busca a liderança desse mercado até 2023.

Esse crescimento reflete a crescente procura dos clientes por produtos mais flexíveis e de melhor rentabilidade a longo prazo, como o que já ocorria em fundos de investimentos, disse o presidente da XP Seguros, Roberto Teixeira.

“Com a queda da Selic para 2%, essa tendência acelerou forte durante a pandemia”, diz Teixeira, revelando que cerca de 85% da captação de recursos da seguradora neste ano foram de migração de recursos de planos de outras administradoras. “Nosso plano é, em 3 anos, ter a liderança do mercado”.

Hoje, a Brasilprev, da BB Seguridade, lidera o mercado de previdência privada com quase 300 bilhões de reais em ativos sob gestão no final do primeiro semestre. Em segundo lugar está o Bradesco, com 232,6 bilhões de reais, e em terceiro o Itaú Unibanco, com 211,4 bilhões, de acordo com dados da representante das gestoras de fundos de pensão, a Fenaprevi.

Ainda de acordo com a Fenaprevi, com quase 1 trilhão de reais e cerca de 80% dos ativos concentrados em ativos de renda fixa, o mercado de previdência privada têm observado um crescente número de cotistas transferindo recursos entre fundos ou entre gestoras em busca de alternativas para obter melhores retornos no longo prazo.

A XP afirma ter sido o destino de 60% dos recursos que mudaram de administradora de janeiro a agosto de 2020, segundo números da Susep, embora o período tenha sido de muita volatilidade dos mercado de ativos de maior risco. A XP Seguros possui 54% dos ativos de cerca de 80 fundos aplicados em fundos multimercado ou em ações. Em agosto, tornou-se a oitava maior do país em ativos.

Toda essa movimentação ilustra como a XP, que ganhou visibilidade do mercado com sua plataforma de investimentos, está acelerando planos para bater de frente com as grandes instituições financeiras em outras áreas como a de previdência complementar, que tem 91% dos ativos concentrados nos 5 maiores bancos brasileiros.

Em meio a uma recessão no país que reduz a velocidade do mercado, a movimentação entre os rivais no setor tende a ocorrer por um montante de recursos menor do que o se previa. A captação líquida no ano até agosto foi 23% menor do que em igual período de 2019, segundo dados da Fenaprevi.

Mais do que a busca por rentabilidade, o público do mercado previdência complementar tem desejado mais diversificação, como a possibilidade de investir em ativos no exterior, menores custos de administração e soluções digitais, disse Teixeira, que é egresso do Itaú Unibanco e lidera a XP Seguros há um ano e meio.

Caminhando nessa direção, após ter zerado a taxa de carregamento, a XP Seguros começou a fazer portabilidade online de fundos e quer expandir a oferta de serviços após integrar a seguradora ao banco, ainda neste mês, os planos de previdência passarão a ser ofertados diretamente no portal da XP Investimentos.

O pleno da empresa tem como próximo passo ingressar no segmento corporativo, quase completamente dominado pelos bancos.

“Vamos entrar em previdência corporativa no segundo trimestre de 2021”, afirmou Teixeira.

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