Economia
10 cidades mais caras do mundo, onde morar é um luxo que poucos podem pagar
Relatório aponta que metrópoles globais estão inacessíveis para a classe média na compra de imóveis.
O novo relatório Demographic International Housing Affordability revela um fenômeno alarmante: algumas das maiores metrópoles do planeta se tornaram “impossíveis” para comprar casa.
Ao comparar a renda média familiar com o preço médio dos imóveis, a pesquisa aponta que a equação já não fecha para a classe média, sobretudo em pontos turísticos e polos financeiros.
Top 10 das cidades mais caras do mundo
Foto: iStock
Veja a seguir a lista das cidades mais caras para se viver ao redor do globo:
- Hong Kong
- Sydney (Austrália)
- Vancouver (Canadá)
- San José (Califórnia, EUA)
- Los Angeles (Califórnia, EUA)
- Honolulu (Havaí, EUA)
- Melbourne (Austrália)
- San Francisco (Califórnia, EUA) / Adelaide (Austrália)
- San Diego (Califórnia, EUA)
- Toronto (Canadá)
Por que o mercado imobiliário ficou tão hostil?
Conseguir realizar o sonho da casa própria tem se tornado cada vez mais difícil, sobretudo devido a alguns fatores:
1. Demanda impulsionada pela pandemia
O avanço do home office despertou o interesse por imóveis maiores, em bairros periféricos ou cidades satélites — o que pressionou ainda mais os preços.
2. Políticas de contenção urbana
Leis que limitam a expansão territorial — sobretudo na Califórnia e na Austrália — restringem a oferta de terrenos, elevando o custo da terra.
3. Entrada maciça de investidores
Fundos imobiliários e compradores internacionais enxergaram nos imóveis das grandes capitais uma reserva de valor, reforçando a escalada de preços.
Hong Kong: ícone de ‘inacessibilidade’
Vista da cidade de Hong Kong (Foto: iStock)
Na lista de cidades mais caras do mundo, Hong Kong aparece como o reflexo do inacessível, estando nos seguintes números:
- Taxa de aquisição de moradia: 51% (a menor entre as 94 cidades analisadas).
- Queda de preços na pandemia: fechamento de fronteiras e política de “Covid zero” reduziram a demanda, mas não o suficiente para torná-la acessível.
- Comparação com Singapura: na cidade-Estado vizinha, 89% dos moradores possuem casa própria graças a décadas de investimento em habitação pública.
O contraponto: cidades que ainda cabem no bolso
Entre as localidades mais acessíveis, aparecem:
- Pittsburgh, Rochester e St. Louis (Estados Unidos);
- Edmonton e Calgary (Canadá);
- Blackpool e Glasgow (Reino Unido);
- Perth e Brisbane (Austrália).
Imóveis muitos caros: qual a solução?
Especialistas sugerem liberar mais terrenos para construção, seguindo o modelo da Nova Zelândia (“Going for Housing Growth”).
Medidas semelhantes poderiam aliviar a pressão em Toronto e Vancouver, onde o controle da expansão urbana inflou o valor dos imóveis e agravou a pobreza habitacional.
O selo de “impossível de se viver” não se deve apenas ao status de cidade global ou às paisagens paradisíacas; ele reflete escolhas de política urbana, especulação e mudanças de comportamento aceleradas pela pandemia.
Enquanto Hong Kong, Sydney e a costa oeste dos EUA continuam no topo da lista, a esperança recai sobre reformas que ampliem a oferta de moradias e devolvam à classe média a chance de chamar a casa própria de lar.

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