125 milhões de transações são feitas com cheques anualmente – sim, eles ainda existem

O uso do cheque como meio de pagamento no Brasil tem sido gradativamente substituído por formas mais modernas e práticas, como cartões e Pix.

Mesmo assim, ainda há quem prefira utilizar o tradicional talão de cheques, como mostra um levantamento da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) realizado em 2023, que apontou que foram realizadas 125 milhões de transações com cheques no país no ano passado.

Ranking de sistemas de transações mais usados

Tais números representam uma redução em relação aos anos anteriores, sendo a 23ª queda consecutiva na emissão de cheques no Brasil.

Atualmente, menos de 7% dos correntistas bancários utilizam o cheque como forma de pagamento, indicando uma clara preferência por métodos mais modernos e eficientes.

Enquanto o uso de cheques tem diminuído ao longo dos anos, o Pix tem se destacado como o meio de pagamento mais utilizado pelos brasileiros.

Em 2023, foram realizadas quase 42 bilhões de transações pelo Pix, um crescimento de 75% em relação ao ano anterior.

Cheques têm se tornado cada vez mais obsoletos – Imagem: reprodução

O montante movimentado via Pix alcançou R$ 17,2 trilhões, ficando atrás apenas das transferências via TED, que totalizaram R$ 40,6 trilhões no mesmo período.

Mas em número de transferências, o Pix ainda vence. Veja o ranking em quantidade de transações:

1. Pix: 42 bilhões;

2. Cartão de crédito: 17,80 bilhões;

3. Cartão de débito: 16,30 bilhões;

4. Boleto: 4,18 bilhões;

5. TED: 892 milhões;

6. Cheques: 125 milhões;

7. DOC e TEC: 70 milhões.

Em comparação com outros meios de pagamento, o Pix se destaca como o líder em volume de transações, superando cartões de crédito e débito, boletos e até a tradicional transferência via DOC.

Além disso, o tíquete médio da TED em 2023 foi de R$ 46 mil, consolidando-a como a forma preferida para transferências de valores maiores entre contas bancárias.

Embora o cheque ainda seja utilizado por uma parcela da população, a tendência é que seu uso continue diminuindo nos próximos anos, conforme as pessoas se adaptam a formas mais ágeis e práticas de realizar transações financeiras.

O avanço da tecnologia e a popularização de meios de pagamento digitais como o Pix contribuem para a mudança de hábitos, tornando o cheque cada vez mais uma relíquia do passado no cenário financeiro brasileiro.