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Economia

25% dos motoristas de app desistiram da profissão por conta da alta dos combustíveis

Trabalhadores de empresas de transporte não conseguem mais lucrar com as corridas após aumento no preço dos combustíveis.

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Milhares de trabalhadores de empresas de transporte por aplicativo, desistiram de atuar por conta da alta no preço dos combustíveis. De acordo com o presidente da Associação de Motoristas de Aplicativos de São Paulo (Amasp), Eduardo Lima de Souza, 25% dos motoristas de aplicativo da cidade deixaram as plataformas desde o início de 2020.

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A 99 afirmou em nota que não registrou “diminuição significativa de motoristas parceiros na plataforma”, mas admitiu que “o aumento de pedidos de corrida pode ocasionar maior tempo de espera na plataforma”.

Segundo a Uber, “os usuários estão tendo de esperar mais tempo por uma viagem porque, especialmente nos horários de pico, há mais chamados do que parceiros dispostos a realizar viagens.”

Desistência

Daniela Cristina Teles é uma das motoristas que desistiu de prestar esse tipo de serviço por conta da alta nos preços. Ela explicou que o aluguel do carro que usava para trabalhar subiu de R$ 1.400 para R$ 2.000 por mês, enquanto o litro do etanol passou de R$ 1,89 para R$ 4.

“Parei de trabalhar com aplicativos em janeiro de 2021 porque tudo aumentou e a demanda de passageiros diminuiu. Tantas desvantagens me fizeram procurar outra coisa. Eu ainda tentei fazer Uber no fim de semana, mas nem assim estava valendo a pena”, contou.

“Eu ganhava de R$ 200 a R$ 300 reais por dia, mas eu gastava R$ 200 para encher o tanque com gasolina. Não valia a pena nem como complemento da renda”, afirmou Teles, que desistiu definitivamente e conseguiu emprego na Câmara Municipal de São Paulo.

As empresas de transporte por aplicativo afirmam que não têm relação com o aumento no preço dos combustíveis. Segundo elas, as parcerias feitas com redes de postos garantem descontos aos motoristas na hora de abastecer.

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